Santiago - Pelo menos 22 pessoas morreram nos mais de 250 incêndios florestais no centro do Chile, onde se regista uma intensa onda de calor, de acordo com um novo balanço divulgado hoje pelas autoridades locais.
Há também 554 pessoas feridas, 16 delas gravemente, disse a ministra da Administração Interna do Chile, Carolina Tohá.
Dos 251 incêndios activos, 80 estão fora de controlo, informou o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Catástrofes (Senapred).
Um balanço anterior divulgado também hoje dava conta de 16 mortos.
Entre as vítimas mortais estão um piloto de nacionalidade boliviana e um mecânico de nacionalidade chilena que caíram na sexta-feira de um helicóptero que combatia incêndios, segundo a Senapred.
O Presidente chileno, Gabriel Boric, declarou estado de calamidade na região de La Araucanía, depois de adoptar medida semelhante para as regiões de Nuble e Biobio.
Os fogos acontecem no meio de uma onda de calor extrema, com temperaturas próximas dos 40ºC, levando as autoridades a temer um desastre como o de 2017.
Nesse ano, um enorme incêndio florestal matou 11 pessoas, afectou cerca de 6.000 pessoas, destruiu mais de 1.500 casas e devastou 467.000 hectares de terras.
Gabriel Boric pediu hoje ajuda internacional para deter a grave vaga de incêndios e disse que o seu homólogo argentino, Alberto Fernández, se ofereceu para enviar ajuda.
A ministra da Administração Interna, Carolina Tohá, disse hoje numa conferência de imprensa que também tinha sido pedida ajuda a países como o México, Brasil e Espanha.
A vaga de incêndios afecta sobretudo as regiões de Ñuble, Biobío e La Araucanía, zonas de intensa actividade agrícola e florestal localizadas a 400, 500 e 700 quilómetros a sul da capital chilena, respectivamente.
O Governo chileno decretou um Estado de Excepção Constitucional de Catástrofes, que permite uma entrega mais rápida da ajuda às pessoas afectadas e a mobilização de recursos, entre outras medidas.
Segundo os serviços de meteorologia, a vaga de calor deve durar até à próxima quarta-feira e irá afectar sete das 16 regiões do país.