Estocolmo - Os 7,7 milhões de suecos convocados este domingo às urnas para a eleição dos 349 membros do Riksdagen, o Parlamento unicameral.
As sondagens dão uma pequena vantagem ao partido da primeira-ministra social-democrata, Magdalena Andersson, colocando os Democratas Suecos (SD), da extrema-direita, como a segunda força.
Até há poucos anos isolado na cena política do país escandinavo, o partido nacionalista e anti-imigração dos Democratas Suecos (SD), pode agora ser aliado da direita tradicional e parte de um acordo no Parlamento para formarem governo.
Herdeiro de um grupo neonazi no final dos anos 80, o partido recolhia na altura menos de 1% das intenções de voto e só entrou no Parlamento em 2010, mas os problemas sociais que afligem hoje a sociedade sueca deram-se forçar para se situa hoje como o terceiro ou até o segundo maior partido.
Uma provável aliança pós-eleições junta os sociais-democratas actualmente no poder com os Verdes, o Partido de Esquerda (ex-comunista) e o Partido do Centro, com este bloco mais à esquerda a somar entre 48,6% e 52,6% dos votos, de acordo com as mais recentes sondagens.
O bloco de direita/extrema-direita englobaria o partido conservador dos Moderados (M), aliado aos Liberais (L) e Democratas Cristãos (KD), com o apoio directo ou indirecto da extrema-direita dos Democratas da Suécia (SD), que juntos têm entre 47,1% e 49,6% das intenções de voto.
A primeira-ministra cessante, Madalena Andersson, no cargo há um ano após suceder a Stefan Löfven, que renunciou após sete anos, ainda é a líder partidária que suscita maior confiança dos eleitores para se manter no cargo, com 55% de opiniões positivas, muito à frente do seu rival conservador dos Moderados, Ulf Kristersson (32%), mas os analistas antevêem que os resultados das eleições resultem em negociações longas e difíceis para a formação de um Governo.
As eleições anteriores, em 2018, conduziram a uma longa crise política, com quatro meses para formar um governo minoritário liderado pelos sociais-democratas.
A Suécia, que está num processo de adesão à OTAN e que assumirá a presidência rotativa do Conselho da União Europeia em 01 de Janeiro, é governada desde 2014 pelos sociais-democratas, o principal partido do país desde a década de 1930.