Estocolmo - O líder do partido conservador sueco Moderados, Ulf Kristersson, foi esta segunda-feira formalmente encarregado de formar um Governo, após a vitória de uma coligação da direita e extrema-direita nas eleições legislativas de 11 de Setembro.
O presidente do Riksdag (parlamento sueco), Andreas Norlén, convidou Kristersson, como se esperava, para reunir uma maioria suficiente para suceder no cargo de primeiro-ministro à social-democrata Magdalena Andersson.
Nunca a direita sueca esteve no poder com o apoio da extrema-direita - consequência de uma aproximação iniciada há três anos por Ulf Kristersson.
"Decidi dar ao líder dos Moderados, Ulf Kristersson, a missão de analisar as condições para formar um Governo que possa ser aceite pelo parlamento", anunciou Andreas Norlén numa conferência de imprensa.
Ao longo da manhã de hoje, o presidente do Riksdag (de 349 lugares) recebeu os dirigentes partidários, no que constitui uma espécie de prelúdio para a nomeação de um potencial novo primeiro-ministro.
Kristersson deverá conseguir obter o apoio dos quatro partidos do bloco vencedor das legislativas, que reúne desde os Liberais, de centro-direita, aos Democratas da Suécia (SD), de extrema-direita, passando pelos Moderados e os Democratas-Cristãos.
No total, a maioria que se vai formar é frágil, com 176 assentos parlamentares contra 173 do bloco de centro-esquerda, liderado pelos social-democratas de Magdalena Andersson (107 mandatos).
A primeira-ministra demissionária está a assegurar interinamente a chefia do Governo sueco até que o seu sucessor tome posse, o que só sucederá após a sua aprovação pelo recém-eleito parlamento, cuja primeira sessão plenária está agendada para 27 de Setembro.