Tribunal Constitucional do Equador confirma dissolução do parlamento

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  • Luanda     Sexta, 19 Maio De 2023    10h02  

Quito - O Tribunal Constitucional do Equador rejeitou seis acções movidas contra a decisão do Presidente Guillermo Lasso de dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições antecipadas, quando estava a decorrer um processo parlamentar para o destituir, informou hoje a agência de notícias Associated Press (AP).

Num comunicado, o tribunal revelou que os três juízes que analisaram as seis acções de inconstitucionalidade decidiram "por unanimidade" rejeitá-las, na quinta-feira, assim como os pedidos de suspensão provisória do decreto presidencial.

Nos seis despachos, os juízes defenderam que nenhum tribunal do Equador "tem competência para se pronunciar sobre a verificação e motivação da causa de grave crise política e comoção interna invocada pelo Presidente da República para dissolver a Assembleia Nacional".

"Desta forma, o Tribunal Constitucional cumpre emitir pronunciamentos atempados em resposta ao momento que o país atravessa", referiu o comunicado.

A presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Diana Atamaint, anunciou na quinta-feira, 20 de Agosto, a realização de eleições gerais antecipadas, as terceiras eleições no espaço de quatro anos no Equador.

Se necessário, a segunda volta seria a 15 de Outubro, para que o novo presidente tomasse posse por volta de Novembro, disse Atamaint, antes de revelar o cronograma, que também iria encurtar a campanha eleitoral de 45 para 15 dias.

O conservador Guillermo Lasso anunciou na quarta-feira, numa mensagem à nação, a medida, prevista na Constituição equatoriana de 2008, na sequência da "grave comoção interna e política" que vive o país.

A decisão ocorreu após Lasso ter comparecido no parlamento, na terça-feira, para apresentar a sua defesa num processo de alegado desvio de fundos, processo iniciado pela oposição e que poderia levar à sua destituição.

Lasso defendeu-se perante o parlamento, insistindo que não havia provas ou testemunhos de irregularidades.

Os legisladores acusam Lasso de não ter actuado para rescindir um contrato entre a empresa estatal de transporte de petróleo Flota Petrolera Ecuatoriana e a entidade privada Amazonas Tankers.
Os deputados da oposição argumentam que Lasso sabia que o contrato estava cheio de irregularidades e custaria milhões ao Estado em prejuízos, situação que o Presidente nega.

A aprovação da sua destituição no parlamento teria exigido 92 votos, equivalentes a dois terços dos parlamentares.

De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), o Presidente equatoriano poderá gerir o país, por um período de até seis meses, através de decretos, em questões económicas urgentes, que devem passar pela apreciação do Tribunal Constitucional.

Lasso, um ex-banqueiro, foi eleito em 2021 e enfrentou desde o início do mandato uma forte oposição na Assembleia Nacional, composta por 137 membros. CNB/CS





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