Caracas - O Irão e a Venezuela pretendem aumentar a cooperação económica e comercial bilateral para 20 mil milhões de dólares (18,5 mil milhões de euros), afirmou o chefe de Estado iraniano.
“O objectivo que temos para a cooperação comercial e económica, numa primeira fase, é elevar esse nível para 10 mil milhões de dólares (USD 100 equivale a Kz 14884.5)" e, na fase seguinte, aumentar o valor para 20 mil milhões de dólares, disse presidente Ebrahim Raisi, segunda-feira, na visita oficial à Venezuela.
Segundo ele, “há cooperação em todos os domínios, já falámos e esperamos que os acordos assinados, expressão e manifestação da vontade dos países de aumentar a relação, sirvam para que os dois países em desenvolvimento e progresso possam dar passos mais significativos na relação".
Raisi sublinha ainda que o valor da cooperação bilateral ronda os três mil milhões de euros (2,7 mil milhões de euros).
O Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, indicou que outro objectivo é aumentar a frequência de voos entre Caracas e Teerão para aumentar o turismo entre os dois países, bem como inaugurar parques científicos e tecnológicos em todas as regiões venezuelanas.
"Pedi ao Presidente iraniano um apoio cada vez maior para o desenvolvimento de uma poderosa cooperação em ciência e tecnologia, e os nossos cientistas já estão a trabalhar em conjunto", disse Maduro.
Maduro e Raisi assinaram mais de 20 acordos em petroquímica, transportes, mineração e outras áreas, com os quais esperam multiplicar a cooperação bilateral nos próximos 20 anos.
Na cerimónia, na presença dos dois líderes, foi também assinado um memorando de entendimento entre as pastas do petróleo dos dois países para fortalecer e expandir as oportunidades de exploração e exploração petroquímica.
As relações entre Teerão e Caracas são muito estreitas desde o tempo do falecido Presidente Hugo Chávez (1999-2013) e, desde então, têm vindo a reforçar-se.
O Irão tornou-se num dos principais aliados do governo de Maduro nos últimos anos, desde 2020, quando a Venezuela enfrentou uma profunda escassez de gasolina e Caracas recorreu a Teerão para comprar combustível. CNB/GAR