Caracas - As ligações aéreas comerciais de passageiros continuam restringidas na Venezuela, com as autoridades locais a voltarem a apelar hoje às companhias aéreas e agentes de viagem a não vender bilhetes para rotas não autorizadas.
"Apelamos aos operadores aéreos e às agências de viagem a não comercializar bilhetes para rotas distintas às aprovadas pelo Executivo Nacional. Também aos cidadãos em geral a não adquirir bilhetes de avião para rotas distintas às autorizadas", explica um comunicado emitido pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) da Venezuela.
O INAC começa por explicar que "continuam as restrições às operações da aviação comercial, aviação geral e privada, desde e para a Venezuela" e justifica a medida com o cumprimento das directrizes do governo, para "garantir a saúde dos cidadãos que residem no país, através de políticas que permitam atenuar os efeitos (locais) gerados pela pandemia da covid-19".
Segundo o INAC "de maneira excepcional, são autorizadas as operações aéreas comerciais para o transporte de passageiros, carga e correio, entre a Venezuela e os países irmãos da Turquia, México, Panamá, República Dominicana, Bolívia e Rússia".
A restrição às operações aéreas na Venezuela começou a 12 de Março de 2020, primeiro com os voos provenientes da Europa e da Colômbia, e depois a nível global.
Pouco depois foram também restringidos os voos nacionais, com o propósito de travar a pandemia de covid-19 no país.
Em Junho de 2021, o INAC emitiu um comunicado a autorizar as operações aéreas para "os países irmãos" de Turquia, México, Bolívia, Panamá, Rússia e República Dominicana e mais tarde algumas operações comerciais entre aeroportos venezuelanos, durante as semanas de flexibilização da quarentena.
Desde Março de 2020 que a Venezuela está em quarentena preventiva e actualmente tem um sistema de sete dias de flexibilização, seguidos de sete dias de confinamento rigoroso.
O país contabilizou 4.329 mortes e 357.322 casos de covid-19, desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais.