Kiev – O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o seu homólogo da França, Emmanuel Macron, falaram durante quase uma hora e meia, durante a tarde deste sábado, conforme relatou o líder ucraniano nas suas redes sociais, agradecendo o seu "apoio" durante a invasão russa na Ucrânia.
Entre os temas em discussão, os dois falaram da recente viagem de Macron à China e sobre o vídeo de um soldado ucraniano a ser decapitado por tropas russas.
"Tive uma conversa de quase uma hora e meia com o presidente francês, Emmanuel Macron (...) Os resultados da recente visita do presidente Macron à China foram discutidos. Contou sobre a situação na frente e outras intenções de libertar todos os nossos territórios.", afirmou Zelensky na rede social Telegram.
O líder ucraniano expressou ainda "gratidão" ao presidente francês por este "condenar a terrível execução desumana de um soldado ucraniano por criminosos de guerra russos".
Essa suposta execução foi revelada num vídeo que se tornou viral e mostra um indivíduo russófono fardado decapitando com uma faca uma pessoa que parecia ser um prisioneiro de guerra ucraniano, imagens que causaram choque e indignação na Ucrânia e no ocidente.
As autoridades russas disseram na quinta-feira que estão a examinar as imagens para determinar a sua autenticidade.
Ambos os governantes discutiram ainda a preparação para a cimeira da NATO, em Julho, principalmente sobre a "necessidade da Ucrânia obter garantias de segurança efectivas antes mesmo do país entrar na Aliança".
Por fim, Zelensky destacou a intenção reiterada de Macron de "fortalecer ainda mais o importante apoio da Ucrânia no campo de batalha", nomeadamente no que diz respeito à "implementação da fórmula de paz ucraniana".
De recordar que Macron causou protestos após a sua visita de Estado à China, quando disse que a Europa não deveria alinhar automaticamente com os Estados Unidos ou Pequim no caso de um conflito em Taiwan.
Nessa altura, declarou que ser um "aliado" dos Estados Unidos não significava necessariamente ser um "vassalo".
A visita à China foi dominada por discussões sobre a guerra na Ucrânia, após a deslocação do líder chinês, Xi Jinping, à Rússia, onde Pequim e Moscovo acertaram o aprofundamento das relações. JM