Luanda - Venâncio de Moura, figura de referência da diplomacia angolana, foi homenageado, esta segunda-feira, no quadro do segundo aniversário da Academia Diplomática Venâncio de Moura.
Ministro das Relações Exteriores do governo saído das eleições de 1992, Venâncio de Moura ficou ligado ao Protocolo de Lusaka na qualidade de signatário em nome do Governo angolano.
A homenagem surge na sequência da semana de Venâncio de Moura, promovida pela referida academia, como ocasião propícia para a troca de experiências e um diálogo inter-geracional.
A instituição espera que os depoimentos a serem feitos durante a jornada do Dia do Patrono da Academia “Venâncio de Moura” constituam um acervo indispensável na elaboração da história da diplomacia angolana.
O programa comemorativo inclui a edição especial do Programa África Magazine, da Rádio Nacional de Angola, dedicado à vida e obra do ministro Venâncio de Moura.
A propósito da homenagem, o ministro Téte António, que falava na cerimónia de abertura da jornada, destacou o facto de o patrono ter dedicado 23 anos à diplomacia, um como embaixador na Itália e 22 nos cargos de vice e de ministro das Relações Exteriores.
Téte António reiterou que a Academia Diplomática “Venâncio de Moura” deve continuar a alimentar a política externa angolana, com a produção científica diferenciada, nos múltiplos domínios de intervenção da diplomacia da República de Angola.
Segundo o chefe da diplomacia angolana, a instituição diplomática do ensino superior deve continuar a trabalhar com afinco nas acções de formação, capacitação e especialização de quadros, contribuindo para a contínua edificação de um serviço diplomático mais robusto, capaz de contribuir para a elevação do prestígio do País e no estrangeiro.
O governante considerou os feitos do homenageado de grande relevância e que se deve manter a energia e engajamento de todos.
A Academia Diplomática, localizada na Centralidade do Kilamba, resulta da extinção do Instituto Superior de Relações Internacionais, surgido em 2017.
A instituição, que surge no âmbito da reforma em curso no subsistema do Ensino Superior, vai manter a mesma matriz curricular virada à diplomacia e às relações internacionais.
A instituição é composta por 11 edifícios construídos numa área de quatro hectares.
Dispõe de 29 salas de aula com capacidade para albergar, anualmente, 1.800 formandos nos três períodos. Conta com dois laboratórios de informática, com capacidade para 28 computadores cada, dois de línguas para 25 estudantes, uma sala de prática consular, uma de protocolo e cerimonial, além de uma biblioteca.