Lubango – Administradores municipais das províncias da Huíla e do Cunene auguraram hoje, quinta-feira, nesta cidade, a melhoria e o fortalecimento dos serviços prestados ao cidadão nas suas localidades com a implementação do projecto "Njila".
Ao reagirem após a apresentação do Projecto de Fortalecimento da Governança para Melhoria da Prestação dos Serviços em Angola “Njila”, na quarta região (Huíla e Cunene), os administradores enalteceram a iniciativa que vem tornar os municípios mais autónomos.
Para a Huíla o projecto abrange 10 municípios, nomeadamente Caconda, Cacula, Caluquembe, Chibia, Chicomba, Humpata, Jamba, Lubango, Matala e Quipungo, ao passo que par o Cunene estão abrangidos quatro, Cahama, Cuanhama, Namacunde e Ombandja.
O administrador de Caconda, Nandim Capenda, considerou o Njila um projecto que visa capacitar os municípios em termos financeiros e de competências a nível dos recursos humanos, que se for bem implantado vai ser benéfico para a sua municipalidade.
Destacou em tem termos de recursos humanos o município ainda não está no nível desejado para garantir uma prestação de serviços adequada, pelo que precisa de quadros mais preparados.
Por sua vez, o administrador de Quipungo, José Vital, considerou ser um projecto que traz verbas para melhorar serviços e os recursos humanos qualificados, um facto determinante para o contínuo progresso do município.
Destacou os Planos Directores Municipais previstos pelo Njila, visto que o Quipungo ainda não tem e essa expectativa é importante, porque precisa-se olhar para aquilo que é o ordenamento do território, olhando para os projectos de crescimento ordenado da população.
Para o administrador do Lubango, Lisender André, os desafios sociais demandam dos gestores públicos a contínua tarefa do bem servir e a busca incessante de políticas públicas mais ajustadas a realidade de cada região.
A administradora do Namacunde, Cristiana Nameomunu, manifestou que por serem um município fronteiriço com a Namíbia tem diversos desafios, pelo que o Njila vem ajudar a melhorar a organização dos serviços, no que se refere ao ordenamento do território.
"Há ainda a necessidade de abranger mais crianças no sistema educativo, não deixando de parte a questão da assistência às famílias e vias de acesso, pelo que o projecto vem em boa altura par diminuir consideravelmente tais aspectos que tem sido preocupação permanente da população", frisou.
O administrador do Curoca, Manuel Taby, que vai estar abrangido em próximas fases, destacou ser um “bom projecto”, para apoiar as comunidades e os gestores públicos e auguram que seja realmente implementado como deve ser.
O projecto Njila, do Executivo angolano, foi lançado em Janeiro do ano em curso em Luanda, conta com financiamento do Banco Mundial (BM), de 250 milhões de dólares, para um período de quatro anos, que vai abranger, na fase piloto, quatro regiões e 58 municípios.
A primeira região compreende a província do Uíge e Luanda, a segunda as de Benguela e Cuanza Sul, terceira corresponde ao Huambo e Bié e a quarta integra as províncias da Huíla e do Cunene.
O mesmo visa contribuir progressivamente para a autonomia local dos órgão da Administração Local do Estado, aumentar o montante, fiabilidade e transferências fiscais para os 58 municípios seleccionados ao nível das oito províncias, reforçar a capacidade de gestão financeira e fundiária, bem como aumentar a cobertura da identidade e registo civil. EM/MS
