Luanda - A revitalização e o desenvolvimento da agricultura em Angola são alguns dos focos da Governação do MPLA, nos últimos cinco anos, informou o partido nesta segunda-feira no seu tempo de antena da rádio.
Num programa de dez minutos, dedicados à revitalização e desenvolvimento da agricultura, o MPLA falou, sem citar números, da aposta nesta área no período de 2017 a 2022 e a sua perspectiva de 2022 a 2027, caso vença as eleições do dia 24.
Segundo o partido, como resultado desta aposta, a produção nacional começa a ganhar espaço e a substituir o que antes era importado, com o registo de um aumento de cereais, frutas, cana-de-açúcar, café, hortaliças, legumes e ovos.
Na sequência desta aposta, os sectores da agricultura, pecuária e florestas têm apresentado, anualmente, um crescimento de 5,6 porcento.
Sobre o assunto, o candidato do MPLA a Presidente da República, João Lourenço, disse que se tem de aprender com os erros da história, pois um país com terras aráveis, sol e água em abundância deve apostar seriamente na agricultura.
Disse que Angola é um dos cinco países com maior potencial agrícola do mundo. “A agricultura hoje não é só plantar. É conhecimento, tecnologia e pesquisa. Estamos a apostar nisso, para tornar realidade o sonho de uma Angola potência agrícola”, afirmou.
Para João Lourenço, há necessidade de mostrar aos homens de negócio e àqueles que estão sem trabalho ou sem uma fonte de renda, que na agricultura existe espaço para todos crescerem e ganharem dinheiro, desde o grande investidor até ao pequeno produtor.
Para aqueles que pretendem produzir alimentos, informou que terão o apoio e incentivo do Governo angolano, em caso de vitória eleitoral do MPLA.
O presidente do MPLA falou da crise alimentar sem precedente que o mundo enfrenta, como consequência do conflito na Europa e das alterações climáticas, situações que elevaram o preço do trigo e do óleo de soja no mercado internacional.
Face a essa realidade, o candidato do MPLA frisou que Angola tem uma oportunidade de se tornar numa nova fronteira agrícola que se abre para o mundo, contando com os grandes e pequenos empreendedores nacionais e estrangeiros.
“Estamos a construir um país com uma agricultura para alimentar os angolanos e exportar também”, aferiu.
O presidente informou ainda que, no próximo mandato, continuará a prestar uma atenção especial a área social, com ênfase para a educação e saúde, e concluir, entre outros, a rede rodoviária, de energia eléctrica, projectos de luta contra a seca.
Mais de 14 milhões de angolanos estão habilitados a votar nestas eleições, incluindo, pela primeira vez, 22 mil 560 cidadãos residentes no estrangeiro.
As eleições de 24 de Agosto, as quintas da história de Angola, contam com a participação dos partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, PHA, P-NJANGO e APN e a coligação CASA-CE.
Os ecrutínios em Angola ocorrem a cada cinco anos para eleger-se o Presidente da República, o Vice-Presidente e os deputados à Assembleia Nacional.