Luanda - O Plenário da Assembleia Nacional (AN) indeferiu, esta quinta-feira, o requerimento do grupo parlamentar da UNITA, que pretendia um voto de protesto "aos actos praticados contra a classe de jornalistas".
O vecto ao documento ocorreu durante a 2ª Reunião Plenária Extraordinária da 1ª Sessão Legislativa da V Legislatura da Assembleia Nacional.
O deputado Rui Falcão, do MPLA, disse, a propósito, que o grupo parlamentar do seu partido votou contra o documento, por entender que a oposição pretendia, com este acto, fazer apenas aproveitamento político.
Notou que o seu partido está solidário com as vítimas de todos os crimes que ocorrem diariamente no país, para quem se a oposição quisesse fazer um debate sério sobre a temática, não devia fazê-lo num ponto prévio à ordem dos trabalhos, mas levar a questão à reunião de líderes parlamentares para se inscrever como ponto e discutir tudo.
"Não entramos neste tipo de comportamento que visa apenas fazer aproveitamento político de circunstância, se queremos debater o jornalismo vamos discuti-lo de forma profunda, séria e tirar conclusões. Estamos abertos para qualquer tipo de debate, mas não à hipocrisia política", vincou.
Em contraponto, a deputada Albertina Navita Ngolo, da UNITA, mostrou-se indignada pelo facto de o grupo parlamentar do MPLA ter votado contra a solicitação de um voto de protesto, como disse, aos actos praticados contra a classe jornalística.
"Estamos a insistir neste voto de protesto desde a plenária anterior, porque pensamos que somos representantes do povo na Assembleia Nacional, que não se deve calar aos actos praticados contra a classe jornalística, que leva o trabalho do Parlamento para todas as casas e para o mundo", assinalou.
De acordo com a deputada, a Assembleia Nacional precisa de dar uma mensagem de conforto e solidariedade à classe jornalística.