Luanda - Angola apontou, nesta sexta-feira, o mecanismo de revisão periódica universal (UPR) como sendo uma ferramenta importante para o monitoramento dos direitos humanos em todos os países.
De acordo com a representante de Angola junto do Escritório das Nações Unidas e demais Organizações Internacionais em Genebra, Margarida Izata, que falava, por videoconferência, na 37ª sessão do grupo de trabalho da UPR, os princípios de igualdade entre as nações, soberania e a não-selectividade no tratamento das questões relativas aos direitos humanos representam marcos significativos.
A diplomata assegurou que Angola recomenda a implementação de uma estratégia abrangente para combater os estereótipos discriminatórios, relativamente aos papéis e responsabilidades das mulheres e dos homens no seio da família.
Apontou ainda para a necessidade de se envidar esforços para proibir a caracterização racial pela polícia e continuar a proporcionar formação de sensibilização para o racismo a todos os funcionários responsáveis pela aplicação da lei e a tomada de medidas específicas para aumentar a visibilidade das comunidades de minorias raciais.
Angola congratulou-se com os esforços da Áustria na preparação e apresentação do seu relatório, felicitando o forte empenho no reforço das instituições internacionais de direitos humanos e o papel dado à participação activa das mulheres e dos jovens na vida pública.
A Avaliação Periódica Universal (UPR) é o processo criado em Abril de 2008 pelo Conselho de Direitos Humanos para melhorar a situação dos Direitos Humanos em cada um dos Estados membros da Organização das Nações Unidas (ONU).
O mecanismo visa preservar a independência, transparência, integridade e a objectividade do Conselho de Direitos Humanos na verificação da situação de todos os Estados membros, sem qualquer politização e selectividade.