Luanda – O jornal The Korea Time dedicou, esta segunda-feira, uma página à Angola, no quadro do 45º aniversário da Independência Nacional, assinalado a 11 deste mês.
O artigo é relacionado aos esforços do Executivo angolano na minimização dos efeitos da Covid-19 e na revitalização da economia nacional, destacando-se, igualmente, um infográfico da Agência Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (AIPEX) sobre o investimento directo em Angola.
No artigo intitulado “Estratégia para a Mitigação dos Efeitos da Covid-19 e a Promoção do Investimento Directo” são ressaltadas as medidas adoptadas pelo Executivo para mitigar a crise que o país vive, inicialmente, provocada pela queda do preço do petróleo, em 2014, no mercado internacional, e, actualmente, acrescida com o surgimento e alastramento do vírus SARS-COV 2 à escala mundial.
A publicação dá também ênfase às reformas introduzidas no sector petrolífero e mineral, com a implementação de alguns impostos e a criação da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis na gestão e concessão de blocos no país, bem como da Agência Nacional de Recursos Minerais.
Porém, maior destaque é dado aos esforços na diversificação da economia para o fomento da produção nacional, com a adopção do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), a fim de assegurar a criação de mais postos de trabalho, incrementar os rendimentos e melhorar o bem-estar dos angolanos.
Segundo o artigo, por terem maior incidência na qualidade de vida das populações, foram definidos como sectores primordiais os da agricultura, agro-indústria, pesca e turismo.
Outras áreas são as das florestas, educação, serviços e unidades de saúde especializadas, construção, telecomunicações e tecnologias de informação, produção e distribuição de energia eléctrica, saneamento básico, recolha e tratamento de resíduos sólidos.
O articulista faz um apelo ao investimento directo no país, bem como atribui relevância ao papel da AIPEX demonstrando como pode este ser feito em toda extensão do território nacional, sublinhando a existência de quatro zonas de desenvolvimento distintas, com os respectivos incentivos.
Como parte das celebrações do 45º aniversário da Independência Nacional, a Embaixada angolana na Coreia do Sul ofereceu um lote de obras literárias à Biblioteca Metropolitana de Seul, com destaque para as do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto.
Entre os livros incluem-se “As Lágrimas e o Vento”, “Os anões mendigos”, de Manuel dos Santos Lima, “Gentes do Mato”, de Manuel Pedro Pacavira e “A estrela que sorri”, de Ana Celestina Fernandes.
“O Manequim e o piano”, de Manuel Rui, “A noção de ser: textos escolhidos sobre a poesia de Agostinho Neto”, de Pires Laranjeira e Ana Rocha, e a coletânea de contos angolanos “Caçadores de Sonhos”, de Adriano Botelho, Neusa Dias e Tome Bernardo constam também do lote.
No acto da entrega, que ocorreu na sede da Biblioteca de Seul, adstrita ao Palácio da Administração de Seul, Angola e a Coreia do Sul fizeram votos de um maior engajamento no incremento das relações, com realce para o intercâmbio entre instituições de ambos os países.
Ainda enquadrado nas comemorações do 11 de Novembro, foi inaugurada na Embaixada de Angola uma pequena sala de leitura e pesquisa, disponível para estudantes angolanos na Coreia do Sul e outras pessoas interessadas.
O embaixador Edgar Martins disse o espaço é um importante meio de cultura para a comunidade angolana, sobretudo a estudantil, bem como servirá para os sul-coreanos conhecerem melhor Angola.
Exortou a comunidade angolana residente nesse país a manter-se unida, incentivando os estudantes a focarem-se nos estudos, para, uma vez formado, contribuirem para o desenvolvimento de Angola.