Luanda – Angola poderá destinar um por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB) para o desenvolvimento científico e tecnológico, declarou hoje, terça-feira, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação.
Maria do Rosário Bragança Sambo disse à imprensa, no final da 5ª reunião do Conselho de Ministros, que o Governo respeitará assim uma exigência da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Salientou que o Conselho de Ministros aprovou a criação da Fundação Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico, considerando que com estas medidas Angola passará a estar alinhada aos países que têm instituições de apoio à ciência, conforme recomenda a UNESCO.
Para Maria do Rosário Sambo, “a investigação científica é a base do desenvolvimento”.
A Fundação Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico terá como missão implementar as políticas de ciência, tecnologia e inovação, gerir os meios financeiros do Orçamento Geral do Estado (OGE) e outros, provenientes de doações destinadas à investigação científica e desenvolvimento.
Terá ainda a incumbência de acreditar as instituições que se dedicam à investigação e ao desenvolvimento no país, com finalidade de aumentar a eficácia no aproveitamento dos recursos financeiros disponíveis e o apoio à produção científica nacional.
Entre 2011 e 2012, apenas 0,07 por cento do PIB nacional foi investido nas ciências.
De acordo com o Relatório do FMI de 2021, a estimativa de crescimento de Angola baixou 3,2% para 0,4%. O documento refere que a pandemia da Covid-19 continua a exercer um grande peso na economia dos países da África sub-sahariana e que Angola deverá recuperar da recessão de 4% do ano passado, crescer 0,4% este ano e 2,4% em 2022.
O Produto Interno Bruto é o indicador económico que apresenta a soma de todos os bens e serviços produzidos por um país num determinado período.