Luanda - Angola vai continuar a desenvolver esforços para fortalecer e aprofundar as relações político-diplomáticas e cooperação económica com os Estados Unidos da América (EUA), referiu o Presidente da República, João Lourenço.
O Chefe de Estado angolano expressou esse posicionamento numa mensagem por ocasião dos 30 anos de relações diplomáticas entre Angola e os EUA, assinalados sexta-feira (19).
No documento a que a ANGOP teve acesso, João Lourenço defendeu o aprofundamento das relações com os EUA na base do respeito, da reciprocidade e de vantagens mútuas em benefício dos dois países e povos.
"Nesta importante ocasião", prossegue o Estadista angolano, "expresso em meu nome e no do Executivo angolano, o nosso apreço pelo estreitamento crescente dos laços que ligam os nossos dois países".
O Presidente João Lourenço destacou as "palavras inspiradoras" do homólogo americano, Joe Biden, que expressou "pontos de vista com os quais partilhamos inteiramente".
João Lourenço colocou ênfase no facto de as três décadas de parceria se terem revelado cada vez mais importantes e transformadoras para os respectivos países e povos.
O Estadista angolano considerou irreversível os valores partilhados e o compromisso com a prosperidade, segurança, inovação, justiça e amizade.
O Presidente angolano realçou, entretanto, os anúncios feitos pelo homólogo Joe Biden na recente Cimeira do G7, em Hiroshima, no Japão, como mais uma evidência da parceria crescente entre os dois países.
Na missiva, João Lourenço referiu que os investimentos "significativos" em Angola, anunciados pelos EUA assentam sobre entendimentos alcançados entre os países e na crescente parceria também na área da Defesa e Segurança.
João Lourenço agradeceu ao Presidente Biden, aos Republicanos e Democratas no Congresso e no Senado dos EUA e ao povo americano, pelo posicionamento construtivo e pelo espírito de colaboração que hoje define a relação entre os nossos dois países.
Relações Angola e EUA
Angola e os Estados Unidos da América estabeleceram relações diplomáticas formais em 1993.
O sector da energia está no centro das relações económicas entre ambos os países.
O Ex-ImBank americano dispõe de uma linha de crédito de apoio às exportações dos EUA para Angola.
A Câmara de Comércio Estados Unidos-Angola dedica-se à promoção do comércio e investimento entre os dois países.
Combate à corrupção
Os EUA apoiam Angola no combate à corrupção por meio de várias iniciativas, inclusive do programa do Departamento do Tesouro, lançado em Março de 2019, para aperfeiçoar a capacidade do país em implantar o regime de combate à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo (AML/CFT).
Cooperação económica
As companhias americanas possuem investimentos em Angola, especialmente no sector de energia. ExxonMobil, Halliburton, Baker Hughes, Caterpillar, Chevron, Cummins, TechnipFMC e Tidewater estão todas representadas no país.
Em 2019, um consórcio liderado pela Chevron anunciou planos de investimentos de mais de dois mil milhões de dólares na exploração de novos campos marítimos de gás natural e o aumento da produção dos campos existentes.
O Ex–ImBank dos EUA assinou um Memorando de Entendimento com Angola, em Abril de 2019, com o objectivo de explorar garantias de até quatro mil milhões de dólares em apoio às exportações dos EUA para o país. AL/ADR
