Ponta Negra (Do enviado da ANGOP) - Pelo menos 200 angolanos residentes nas regiões de Kouilou e Ponta-Negra, República do Congo, trataram já os seus bilhetes de identidade nacional pela primeira vez, no Posto de Identificação Civil aberto no Consulado angolano, nesta cidade.
Iniciado a 15 deste mês, o processo de emissão do BI, cédulas e assentos de nascimento visa atribuir a cidadania angolana aos cidadãos nacionais que vivem há muitos anos nessa região.
O processo, que decorre a bom ritmo, vai também permitir que esses cidadãos possam exercer o seu direito de voto, nas eleições gerais marcadas para 2022.
O jovem Miguel António Zinga, que exibiu o BI do seu pai Miguel Zinga, disse à ANGOP que o acto vem dignificar os angolanos residentes no Congo.
"Estamos muito contentes com este gesto do Governo angolano, que vai ajudar muito as nossas vidas no futuro e acabar com a ilegalidade em que nos encontrávamos'', enalteceu.
Já Maria Nzuzi assinalou que ter um bilhete de identidade depois de muitos anos no país vizinho sem qualquer documento oficial de cidadania angolana representa um ganho imensurável.
A ANGOP apurou que dezenas de angolanos acorrem diariamente ao referido posto, mas a rigorosidade imposta na triagem dos utentes leva a que apenas sejam processados entre 30 e 40 documentos/dia.
Estão a ser exigidos documentos consulares que comprovem ser angolano e para os filhos nascidos no Congo é obrigatória a presença dos progenitores, para se evitar constrangimentos.
Os serviços estão a ser assegurados por uma equipa da Missão Consular, que recebeu formação para o manuseamento das ferramentas.