Luanda- O candidato a Presidente da República pela Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE), Manuel Fernandes, apelou esta segunda-feira aos cidadãos para optarem por um programa de governo realista que promova a reforma do Estado, justiça e o desenvolvimento social.
Por isso, o político exortou aos angolanos para uma “reflexão profunda” em torno dos programas de governo apresentados durante a campanha eleitoral, realizada de 24 de Julho a 22 do corrente mês, pelos sete partidos políticos e àquela coligação eleitoral, no quadro das eleições gerais de quarta-feira (dia 24).
Manuel Fernandes fez esta afirmação em declarações à imprensa, no término de encontros, em separado, com missões de observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, do Fórum Parlamentar da SADC e da SADC.
Optimismo na vitória
Segundo o líder político, os angolanos não devem votar pela “beleza das cores de uma bandeira”, mas sim devem ter em conta os programas de governo, de 2022 a 2027, apresentados ao eleitorado.
Manifestou-se optimista quanto à escolha da CASA-CE para governar Angola, nos próximos cinco anos, com base na afluência dos cidadãos nos actos da sua coligação e do programa de governo apresentado.
Encontros com os observadores
O cabeça-de-lista da CASA-SE disse que reiterou o seu pedido de “isenção” aos diversos observadores, bem como pediu para produzirem “um relatório real do pleito eleitoral de quarta-feira (24).
Depois de uma campanha eleitoral ordeira e pacífica, Angola volta às urnas na próxima quarta-feira, para eleger, num único acto, um novo Presidente da República, o seu Vice-presidente e um Parlamento de 220 lugares.
Requalificação da cidade de Luanda
Por outro lado, a CASA-CE comprometeu-se, hoje, a requalificar a cidade de Luanda, particularmente as valas de drenagem, caso vença as eleições da próxima quarta-feira (24).
A intenção, segundo o coordenador da campanha daquela formação política a nível da província de Luanda, Miguel Quibenze, é melhorar o saneamento básico e resolver o problema habitacional dos citadinos.
No final de uma campanha de mobilização porta-a-porta, nos mercados do Calemba 2 e do KK, no município de Belas, apontou a falta de habitação condigna como uma das maiores preocupações apresentadas pelos cidadãos.
“Depois de interagir com à população, ao longo do período da campanha eleitoral, iniciado a 23 de Julho, podemos perceber os reais problemas dos angolanos, e nos propomos a trabalhar para a melhoria do bem-estar das populações”, prometeu.
Neste contexto, reafirmou a necessidade de “reestruturação das famílias”, para permitir o combate à criminalidade juvenil, a prostituição, entre outros males que minam os valores morais e cívicos da população.
O político apontou, ainda, a melhoria da qualidade do ensino primário para que os estudantes de escalões subsequentes estejam bem formados a partir da base, como uma das acções a serem implementadas, caso consigam formar governo.
Balanço da campanha eleitoral
Considerou positiva, pelo facto de ter mantido um “profundo” contacto com às populações e constatar os verdadeiros problemas que enfrentam os luandenses.
Neste contexto, referiu-se à ausência de saneamento básico em algumas zonas da cidade capital, aos focos de lixo, causadores de doenças endémicas, e ao abastecimento de água e energia eléctrica, que considerou “débil”.
Policiamento de proximidade
Por outro lado, defendeu um policiamento de proximidade mais eficaz por parte da corporação para o combate à delinquência juvenil.
A CASA-CE, criada a 3 de Abril de 2012, concorre com o lema “Casa, trabalho e salário justo''. Na sua primeira participação, em 2012, elegeu 8 deputados e cinco anos depois (em 2017) conseguiu o dobro de deputados.
Para o sufrágio de 24 deste mês, estão habilitados a votar 14 milhões, 399 mil eleitores, dos quais 22 mil e 560 residentes no estrangeiro, sendo que a votação no exterior, a primeira na história de Angola, terá lugar em 25 cidades de 12 países.
Concorrem ao pleito eleitoral deste ano os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PHA e P-NJANGO e a coligação CASA-CE, nestas que são as quintas eleições que se realizarão em Angola, depois de 1992, 2008, 2012 e 2017.