Ondjiva - O Presidente da República, João Lourenço, deixou, esta sexta-feira, a cidade de Ondjiva (Cunene), de regresso à capital, Luanda, depois de ter constatado as obras das barragens de Ndúe e Calucuve, no Cuvelai, no quadro da aposta do combate à seca no Sul do país.
No aeroporto 11 de Novembro, João Lourenço recebeu cumprimentos de despedida da governadora, Gerdina Didalewa, de alguns membros do Executivo e de autoridades locais.
Antes da sua partida, o Presidente da República recebeu em audiência o secretário de Estado da Santa Sé, Cardeal Pietro Parolin, que está em Ondjiva para testemunhar a ordenação episcopal de Dom Germano Penemote, como núncio apostólico no Paquistão.
No município de Cuvelai, onde estão a nascer as duas barragens (Ndúe e Calucuve) para o combate aos efeitos da seca, João Lourenço percorreu alguns pontos dos dois prejectos, cujas obras ppodem ficar concluídas em finais de 2024.
Com os dois projectos estruturantes, o Executivo angolano quer ver reforçado o abastecimento de água às comunidades, assim como ao gado e irrigação de campos agrícolas.
Os dois projectos, cujas obras foram lançadas em 2021, estão inseridos no programa de combate à seca na região Sul do país, que prevê outras seis barragens.
Com as duas empreitadas, o Governo prevê beneficiar 136 mil pessoas, 260 mil cabeças de gado, para além de garantir a irrigação de 11 mil 600 hectares de terrenos agrícolas.
A Barragem de Calucuve, na bacia do Cuvelai, terá uma rede de canais, com uma extensão de 111 quilómetros e mais 44 chimpacas.
Já a barragem do Ndúe terá uma rede de canais adutores de 75 quilómetros e mais 15 chimpacas.
Os dois projectos juntam-se ao Sistema de Captação do Rio Cunene, a partir da região do Cafu, uma iniciativa "bem sucedida", que apoia milhares de famílias, bem como do gado.
Durante a sua estada no Cunene, o Presidente da República visitou os trabalhos do futuro Hospital Geral, que prevê uma capacidade para 220 camas, num investimento de 52 milhões de euros. NE/SC/ADR