Manama (Dos enviados especiais)- Angola defendeu, este sábado, em Manama, capital do Reino do Bahrain, a necessidade da implementação de legislação digital para combater o mau uso das redes sociais.
Segundo a deputada Idalina Valente, que falava à imprensa à margem do Fórum das Mulheres Parlamentares, a aprovação de uma legislação adequada evitará ou diminuira a ocorrência de crimes cibernéticos, com danos irreparáveis na vida das pessoas, das organizações e das instituições.
Idalina Valente, que é, igualmente, a presidente do grupo nacional da IUP, adiantou que não se pretende coartar a liberdade de expressão nem colocar em causa a democracia, mas somente incentivar o uso correcto das redes sociais.
"Não é o coartar da liberdade de expressão, mas defender os direitos humanos, em particular das mulheres, as mais atingidas pelo mau uso das redes sociais, e a democracia. Queremos ainda evitar os danos que o mau uso das redes digitais provocam às pessoas, instituições e às organizações", asseverou.
A deputada, que enaltece os benefícios das redes sociais quando bem utilizadas, avançou, no entanto, que quando usadas para difamar, caluniar e atacar a personalidade de pessoas podem provocar, entre outros danos, a morte dos ofendidos.
Relativamente às questões abordadas no fórum, Idalina Valente frisou que as mulheres continuam a dar mostras de liderança e de resiliência, com acções que contribuem para o bem-estar social e político das comunidades.
Conforme a deputada, é também imperioso incentivar a promoção das mulheres para liderar determinados processos que dizem respeito ao seu bem-estar social, em casos como o combate às alterações climáticas, os efeitos da seca, entre outros.
Deu como exemplo a acção da ambientalista Fernanda Renée, cuja acção incide na recuperação dos mangais na orla maritima angolana, frisando ser uma iniciativa que deve ser abraçada por todos.
A deputada falou ainda de aspectos relacionados com a paz e a segurança mundial.
O Fórum das Mulheres Parlamentares realizou-se à margem da 146ª Assembleia Geral da União Inter-parlamentar, a decorrer até ao dia 15 deste mês.
De recordar que durante o evento, os parlamentares vão analisar as estratégias da organização nas alterações climáticas, a responsabilização a todos os níveis, bem como a transformação de discursos em acções de combate às alterações climáticas.
Em abordagem consta ainda o reforço sobre a legislação climática para reduzir as emissões de gaz carbono e o apoio para uma transição de energias limpas.
A União Inter-parlamentar é composta por 178 parlamentos nacionais e 12 assembleias regionais. Actualmente é o principal interlocutor parlamentar das Nações Unidas. VM