Caxito – Cento e vinte seis casos de tráfico de seres humanos, dos quais 22 por cento julgados, e mais de 200 vítimas, na sua maioria crianças exploradas, estão registados, no banco de dados do ministério da Justiça e dos Direitos Humanos.
A informação foi prestada sexta-feitra, em Caxito (Bengo), pela secretária de Estado para os Direitos Humanos e Cidadania, Ana Celeste Januário, que reiterou a necessidade do contínuo combate ao tráfico de seres humanos, uma vez que constitui uma ameaça à segurança nacional e internacional.
Ao intervir no acto central alusivo ao dia Internacional de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, assinalado nesta data, sublinhou que Angola tem demonstrado o seu comprometimento no combate a este fenómeno através de um conjunto de medidas de natureza institucional e legislativas.
Referiu que o combate ao tráfico de seres humanos só será efectivo, caso haja um trabalho conjunto que exige o envolvimento de todas as nações.
Na ocasião, a governadora provincial do Bengo, Mara Quiosa, sublinhou que o combate ao tráfico de seres humanos constitui uma das importantes causas da agenda mundial no domínio dos direitos humanos.
A nível da região, disse, o governo da província tem feito tudo para a materializar e promover as medidas aprovadas no plano legislativo, tais como prevenir, desencorajar e punir os autores envolvidos nestas práticas.
Dados do Escritório das Nações Unidas para as Drogas e Crimes, estimam que no mundo cerca de 72 por cento das vítimas de tráfico humano são mulheres e meninas traficadas para exploração sexual.
A este junta-se o tráfico de pessoas para trabalho forçado, remoção de órgãos, o recrutamento de menores para servirem como crianças soldados, barrigas de alugueres e outras formas de exploração e abuso.