Ondjiva - A necessidade de os angolanos cultivarem o perdão entre si, através de acções de cidadania, foi incentivada hoje, domingo, pelo bispo da Diocese de Ondjiva, província do Cunene, Dom Pio Hipunhati.
Em declarações à ANGOP, por ocasião do 4 de Abril, Dia da Paz e Reconciliação Nacional, o bispo apelou aos angolanos para acabarem com os “conflitos internos”, com o objectivo de alcançarem a paz espiritual e consolidarem a paz social conquistada há 20 anos.
De acordo com o líder religioso, as verdadeiras mudanças no ser humano produzem-se em primeiro lugar na alma e no espírito, razão pela qual é preciso que cada um elimine os conflitos internos para preservarmos a paz.
O prelado condenou os cidadãos que julgam e falam mal dos outros, sem se importarem com as feridas que causam e com as cargas negativas que atraem, realçando que as críticas devem ser feitas com amor e sinceridade, para não magoar.
Aconselhou os governantes e os líderes de partidos políticos a primar sempre por um discurso pacífico e congregador e a promoverem a concórdia e harmonia, contribuindo, deste modo, para um mundo melhor e para a consolidação da paz.
Acrescentou que os governantes e políticos devem ser exemplos na sociedade, com actos e palavras, de modo que o seu sentido de responsabilidade seja elevado à categoria de virtude.
“Todos os autores e pessoas singulares devem ser membros activos e construtores da paz, lembrando que cada cidadão é um alicerce firme na construção da paz nacional,” enfatizou.
Entretanto, disse que a paz tem sido uma peça importante na garantia da qualidade de vida dos angolanos, tendo destacado os esforços do Presidente da República, João Lourenço, no processo de reconciliação entre irmãos.
Esta acção não deve ser tarefa única do Presidente da República, mas de todos os poderes, tanto o Executivo, o Legislativo e o Judicial, e os partidos políticos.
O bispo reafirmou o compromisso da igreja continuar a desenvolver o seu papel na moralização da sociedade, através de acções tendentes à consciencialização das populações para a reconciliação dos irmãos, primando, em primeira instância, pela cidadania.