Ondjiva – As brigadas de desminagem da província do Cunene vão priorizar, este ano, a remoção de engenhos explosivos nas zonas críticas das comunas de Môngua, Chiedi e Mupa, para garantir a livre circulação de pessoas e bens.
A desminagem nessas áreas dos municípios do Cuanhama, Namacunde e Cuvelai será feita por brigadas da Comissão Executiva, das Forças Armadas Angolanas (FAA), da Policia de Guarda Fronteira e do Intitulo Nacional de Desminagem (INAD).
Ao falar hoje, na abertura das actividades operacionais de desminagem deste ano, o coordenador da Comissão Executiva no Cunene, Paulo Taukondjele, explicou que a região conta ainda com muitas zonas suspeitas de minas, que devem ser priorizadas.
Disse que o governo local e a Comissão Executiva vão conjugar esforços na criação de condições necessárias para as brigadas trabalharem sem preocupação na limpeza das áreas consideradas suspeitas de minas.
Segundo Paulo Taukondjele, a Comissao Executiva vai continuar a reforçar as acções de educação sobre os risco de minas, para impedir mortes como as que aconteceram com dois jovens, no dia 27 de Janeiro, na cidade Ondjiva, quando cerravam um engenho explosivo, com a intenção de retirar o mercúrio.
Neste quadro, 130 técnicos de desminagem, das três brigadas, entre chefes, supervisores e sapadores, terminaram, recentemente, uma formação de refrescamento, sobre localização e mapeamento de zonas minadas, bem como tipos de minas.
O Cunene tem identificadas 32 zonas suspeitas de minas nos municípios do Cuanhama (11), da Cahama (10), do Cuvelai (seis), da Ombadja (quatro) e de Curoca (uma), que correspondem a uma área total de um milhão, 719 mil 355 metros quadrados.
Em 2020, foram removidas e destruídas nesta província 22 minas anti-tanque, 16 minas anti-pessoas, 117 munições diversas e cinco mil 602 engenhos explosivos diversos.