Cabinda – O cônsul-geral de Angola em Ponta-Negra (Republica do Congo), Samuel da Cunha, defendeu uma maior interacção com as autoridades da província de Cabinda, na resolução dos problemas dos angolanos em território congolês.
Em declarações à ANGOP, o embaixador Samuel da Cunha referiu que os casos que envolvem angolanos, como naufrágios de embarcações, desaparecimento de pescadores e imigração irregular, devem sempre merecer uma comunicação oficial à missão consular, para evitar que o consulado tome conhecimento pela imprensa ou pela comunidade residente.
De acordo com o diplomata, este facto tem lhes deixado, muitas vezes, surpresos e dificulta na resolução dos problemas que afectam os angolanos naquela região congolesa.
A comunicação oficial, referiu, serve de suporte para, através dos canais diplomáticos, ajudar a encontrar soluções relativas aos problemas, dentro do espírito das boas relações existentes.
O objectivo do consulado nas regiões congolesas de Kouilou e Ponta-Negra (República do Congo) é o de olhar pelos concidadãos, ajudar a resolver os problemas que mais os afectam e, dentro da lei e das boas relações existentes, contribuir para que os mesmos tenham solução, pela via diplomática.
Admitiu que tem sido raro, nos últimos tempos, a missão consular receber comunicação oficial das autoridades da província de Cabinda, a relatar a ocorrência de incidentes marítimos ou situação migratória, que exigem a intervenção diplomática.
Contactado pela ANGOP, o director da Comunicação Social em Cabinda, Fernando Metusal, destacou a importância da comunicação e interacção entre as distintas entidades, em casos de incidentes, como os que se têm verificado nos mares da região.
Porém, Fernando Metusal sublinhou que, devido à Covid-19 e ao encerramento das fronteiras, os contactos abrandaram, apesar de ser uma das prioridades do Governo Local.
Angola e a República do Congo têm excelentes relações, que datam de longos anos.