Cabinda – O Cônsul Geral de Angola em Ponta-Negra e Kouilou, República do Congo, Samuel Andrade da Cunha, aconselhou os pecadores e associações de pescas em Cabinda a evitarem as constantes violações de fronteiras marítimas que se têm registado nos últimos tempos, por ser uma prática ilegal
O diplomata, que reagia, na fronteira de Massabi (Angola) ao último incidente ocorrido em águas territoriais congoleses, no passado dia 14 do mês de Julho deste ano, onde 42 pescadores angolanos foram detidos pelas autoridades marítimas congolesas por violação das águas territoriais e prática de pesca ilegal naquele território vizinho.
Por isso, pediu que os pescadores em Cabinda cumpram com as normas e as leis de navegação quando recebem a autorização para se fazer ao mar na zona de jurisdição local, evitando a violação de fronteiras marítimas para prática de pesca ilegal.
Quando isso ocorre, avançou, provoca constrangimentos para os próprios pescadores e famílias, sendo este um comportamentos nada abonatórios e que tem dificultado o bom funcionamento das instituições do Estado, no caso do Consulado.
"É preciso que os pescadores evitem ultrapassar aquilo que são os limites estipulados pelas autoridades locais da capitania do Porto de Cabinda e outras entidades que determiman as regras de navegação local", alertou.
Vários incidentes têm sido registados com embarcações de pescadores angolanos que atingem outros países, na sua maioria por razões ligadas a avarias de motores e arrastamento derrivados das fortes correntes frias de Benguela e do rio Zaire, bem como por violação de águas territoriais em busca de melhor recifes para pescado.
Entre os locais onde se verificam estas ocorrências estão as republicas de S.Tomé e Príncipe, da Guiné-Bissau, Gabão e Congo Brazaville, sendo que as duas últimas são as que mais recolhem e detêm embarcações e pescadores angolanos.
Por outro, o Cônsul Geral em Ponta-Negra, Samuel Cunha, considerou de excelentes as relações diplomáticas entre os dois países, sobretudo ao nível das autoridades das prefeituras de Ponta-Negra e Kouilou, que têm permitido o bom funcionamento das actividades consulares no apoio aos angolanos que por vários motivos atingem o território congolês para além dos cidadãos residentes.