Cabinda – As fronteiras terrestres e fluviais entre Angola e o Congo, encerradas há 25 meses por força da pandemia da Covid-19, foram, oficialmente, reabertas esta quarta-feira.
Angola e a República do Congo partilham 201 quilómetros de fronteira terrestre e 103 marítima.
A cerimónia de reabertura foi testemunhada pelo ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, pela parte angolana, e pelo prefeito do departamento (província) de Ponta-Negra, Honoré Paka, pelo Congo.
Francisco Pereira Furtado disse que com a reabertura da fronteira de Massabi, e respeitados todos os pressupostos relativos às medidas de biossegurança contra a Covid-19 nos dois lados, cumpre-se a vontade das populações das províncias de Cabinda, de Kouilou e de Ponta-Negra.
"Ponta-Negra possui um Porto usado por agentes importadores de Cabinda para a recepção de mercadorias em trânsito para Cabinda, cuja porta de entrada é a fronteira terrestre de Massabi (Angola) e Ntiamba Nzazi (Congo)", vincou o ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente angolano.
Exortou os órgãos de defesa e segurança de ambos os países para um maior controlo na protecção da fronteira e manutenção do combate ao tráfego de seres humanos, à imigração ilegal, à violação das fronteiras, ao crimes transfronteiriços e ao comércio ilegal.
Por seu lado, o prefeito de Ponta Negra destacou a importância da reabertura da fronteira na movimentação de pessoas e bens, assim como para o comércio entre ambas as partes.
Honoré Paka afirmou que a reabertura da fronteira vai permitir às as populações de Cabinda e de Ponta-Negra voltarem ao exercício normal e habitual do comércio transfronteiriço, envolvendo visitas de negócios, turismo e transportação de mercadorias que transitam pelo Porto Autónomo de Ponta-Negra.
Enalteceu as relações de longa data entre os dois povos e ao mais alto nível entre os Presidentes Joõa Lourenço e Dennis Sassou Nguesso, aos quais considerou como figuras que sempre lutaram pela estabilidade na região.