Huambo - Oitenta e nove hectares de terras do perímetro florestal do Instituto de Investigação Veterinário de Angola (IIVA), no Huambo, suspeitos de minas, estão a ser clarificados para a implantação de uma fábrica de vacina para animais.
A empreitada, que teve início a 15 de Setembro e com prazo de conclusão em finais de Novembro, conta com o envolvimento de 30 sapadores da Casa Militar do Presidente da República, auxiliados por duas máquinas desbravadoras de terra.
Até ao momento, segundo apurou a ANGOP no local, foram já clareados 42 hectares e 250 metros, tendo resultado na remoção de dois engenhos explosivos não detonados.
Em declarações à imprensa, esta quinta-feira, o coordenador do projecto de implementação da Fábrica de Vacina Animal, António José Lenyn, informou que as obras de construção da empreitada começam quando os trabalhos de clarificação estiverem concluídos.
Adiantou que o projecto de iniciativa presidencial, com estimativa orçamental de 125 milhões de euros, poderá ser erguido numa área de 12 hectares de terra.
Segundo o responsável, apesar de não existir nenhum horizonte temporal, já se regista alguma morosidade na construção do empreendimento, devidos alguns constrangimentos verificados na negociação do espaço.
António José Lenyn informou que a fábrica estará vocacionada na produção de vacinas para animais que geralmente são utilizados nas campanhas de vacinação de pequeno e grande porte, desde gado bovino, caprino, suíno e aves.
Depois da conclusão, disse, a infra-estrutura, que constituirá uma oportunidade de emprego para os técnicos formados pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade José Eduardo dos Santos, no Huambo, vai funcionar com o suporte do IIV na investigação daquilo que será produção de vacinas.
Já o vice-governador da província do Huambo para os serviços Técnicos e infra-estrutura, Leonardo Severino Sapalo, disse que a construção de uma fábrica de vacina animal constitui um grande ganho para o país, no quadro das estratégias de dinamização da pecuária em Angola.