Luanda – O presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Filomeno Vieira Dias, reiterou hoje o posicionamento desta instituição sobre a necessidade da realização de um inquérito independente aos acontecimentos de Cafunfo (Lunda Norte).
Em declarações à imprensa, no final de um encontro com a vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, o prelado disse que a questão é incontornável, daí a preocupação da igreja face ao assunto.
“E necessário uma investigação isenta para que possamos saber de facto o que se passou”, disse o arcebispo de Luanda, que se fez acompanhar pelo seu homólogo de Saurimo (Lunda Sul), José Manuel Imbamba, e o bispo de Benguela, António Jaka, respectivamente, vice-presidente e secretário-geral da CEAST .
Para o líder religioso, a perda de vidas humanas é sempre um acontecimento grave. “o país que sonhamos e queremos é um país onde a vida de cada pessoa seja respeitada, onde as populações possam, com toda a serenidade, trabalhar para construir o seu futuro”, vincou.
Afirmou que a CEAST considera o pronunciamento do Presidente da República, João Lourenço, terça-feira, sobre o tema, “bastante equilibrado, harmonioso e construtivo”.
Deu a conhecer que durante o encontro foram igualmente tratados temas relativos à vida das populações, como a administração do Estado, as autarquias e as oportunidades para todos os cidadãos.
Na madrugada de 30 de Janeiro, o país foi surpreendido com um acto de rebelião armada na vila de Cafunfo, Leste do país. A acção foi protagonizada por um grupo de cidadãos nacionais e estrangeiros que atacaram uma esquadra policial com diferentes tipos de armas.
Também hoje, a vice-presidente do MPLA recebeu líderes da Aliança Evangélica de Angola, tendo, em declarações à imprensa, no final da audiência, o revendo António Mussaqui enaltecido o papel do MPLA no relacionamento com as instituições religiosas do país.