Malanje- O reforço do processo democrático de África, mediante permanente diálogo, respeito pelas leis e realização periódica de eleições livres e transparentes, foi apontado hoje, quinta-feira, como principal factor de prevenção dos conflitos armados que assolam o continente.
Esta posição foi defendida por cidadãos entrevistados pela ANGOP a propósito do Dia da África, que hoje se assinala, realçando que a afirmação do continente no concerto das nações e consequente promoção do seu desenvolvimento económico, social e político, depende da observância dos princípios constitucionais.
Segundo o cidadão mauritaniano residente em Malanje, Mohamed Abdallah o desrespeito aos referidos pressupostos tem dado origem a conflitos e golpes de Estado, deixando o continente “estagnado” e provocando o êxodo populacional.
A mesma opinião é partilhada pelo cidadão senegalês Mamadou Hassimiou Diallo, que defendeu ainda a necessidade do contacto entre as lideranças e a população, promovendo uma governação cada vez mais próxima e que dê resposta aos problemas que afectam os cidadãos.
Por sua vez, o escritor angolano Kibuku Kiajinge mostrou-se igualmente a favor da promoção do diálogo em prol da unidade africana, de modo a evitar-se a “fragmentação” que se assiste em algumas partes do continente.
Por outro lado, apontou a adopção de sistemas de ensino ajustados às potencialidades de cada país, para se tirar maior proveito dos recursos existentes, estimular a indústria e gerar mais empregos e riquezas para o continente berço.
Já o comerciante mauritaniano Mustafa Didi apelou a valorização da identidade cultural africana e ao reforço do investimento no sector da educação, a fim de se pôr termo a tendência de fuga de cidadãos para outros continentes.
O continente africano assinala 60 anos desde a criação da Organização de Unidade Africana (OUA), hoje União Africana (UA).ACC/NC/PBC