Luena – O coordenador da Comissão Provincial Multissectorial para a Alteração Político-Administrativo (DPA) do Moxico, Victor Sílva, destacou hoje, no Luena, a adesão da população no processo de auscultação pública e a unanimidade em torno da necessidade da divisão do Moxico.
Em declarações à ANGOP, a propósito do balanço do processo terminando recentemente, Victor da Silva disse que, em todos municipios da província, as opiniões dos participantes foram unânimes em torno da nessidade da divisão do Moxico.
Apesar do nível de aceitação do processo, informou que registou-se algumas discordâncias sobre a escolha das sedes capitais, fundamentalmente da província B, que poderá congregar os actuais municípios do Alto Zambeze e Luau.
Victor da Silva, igualmente vice-governador para o sector político, económico e social, disse que a população das referidas regiões procurou salvaguardar os seus interesses durante as discussões, sugerindo Luau e Cazombo, respectivamente, como sede capital da futura província.
Considerou de salutar tal exercício, porém, lembrou, a definição da capital dependerá da combinação de outras variáveis, como a localização com os demais municípios, a existência de infra-estruturas sociais e o número de habitantes.
Quanto a escolha do nome da província B, informou que a população sugeriu o Alto Zambeze (nome do actual município fronteiriço) e Cassai- Zambeze, este último resulta da junção dos dois rios que banham, igualmente, os municípios do Luacano e Luau.
Relativamente a província C, que poderá unificar os actuais municípios dos Bundas e Luchazes, a sul do Luena, disse que a população recomendou que seja denominado por Luanguinga, nome de um rio que limita as duas municipaldades.
Sobre o nome da capital desta futura província C, a sul do Luena, segundo o responsável, a população sugeriu que seja encontrada entre Kangamba (vila sede dos Luchazes) ou Lumbala Nguimbo (vila sede dos Bundas).
Victor Silva informou que durante o prcoesso os participantes defenderam, também, a necessidade da comuna do Tempúe, actualmente anexada ao municípios dos Luchazes, continuar a pertencer à província C, ao invés da A, como consta na proposta do Executivo.
Questionado se a baixa densidade populacional apresentada pelo Moxico (com uma média de quatro habitantes por km2) não afectaria a concretização do projecto, o responsável reconheceu que este factor não favorece a região, mas acredita que o propósito da DPA vai estimular o aumento de pessoas, através da adopção de políticas públicas.
Com uma área de 223.023 km2, Moxico é a maior província de Angola e tem nove municípios, nomeadamente, Moxico (sede), Camanongue, Léua, Luacano, Luau, Luchazes, Bundas, Cameia, e Alto Zambeze.
Cuando Cubango Moxico, Lunda Norte, Malanje e Uíge são as províncias contempladas no processo de Divisão Político-Administrativa.