Cuba agradece apoio de Angola ao fim do embargo económico

     Política           
  • Luanda     Segunda, 21 Agosto De 2023    19h45  
Presidente de Cuba, Miguel Dias-Canel Bermúdez
Presidente de Cuba, Miguel Dias-Canel Bermúdez
Francisco Miúdo - ANGOP

Luanda - O Presidente de Cuba, Miguel Mario Díaz-Canel, reiterou, esta segunda-feira, o seu agradecimento a Angola por unir sempre a sua voz ao mundo a favor do fim do embargo económico e financeiro imposto pelos EUA ao seu país.

O estadista cubano discursava na Assembleia Nacional (AN), por ocasião da sua visita de Estado de três dias a Angola, destinada ao reforço da cooperação bilateral. 

Miguel Mario Díaz-Canel enfatizou que esse apoio decisivo materializa-se a cada ano com o voto favorável à resolução das Nações Unidas e outra similar na União Africana (UA). 

Expressou, igualmente, gratidão pelo apoio prestado por governos e organizações da sociedade civil ao país caribenho, que foi assolado recentemente por uma catástrofe natural. 

O Presidente cubano reconheceu que o seu país atravessa uma difícil situação sócio-económica, principalmente pela persistência do bloqueio económico, comercial e financeiro impostos por mais de 60 anos por sucessivos governos dos Estados Unidos da América. 

Disse que nesta complexa circunstância "Cuba conta com o apoio e a compreensão solidária dos amigos de sempre, acrescentando: particularmente sentimos que contamos com um baluarte de amizade em África para continuar a trabalhar pela recuperação económica e o desenvolvimento do país".. 

Relações bilaterais 

No discurso no Parlamento angolano, Miguel Mario Díaz-Canel ressaltou o facto de Angola ser o país africano onde Cuba tem a colaboração mais diversificada e numerosa, facto "abre" possibilidades para explorar, cada vez mais, novos sectores e vínculos mutuamente vantajosos. 

Lembrou que em Abril deste ano realizou-se em Havana a 5ª sessão da Comissão Inter-governamental entre os dois países, que subscreveram vários instrumentos jurídicos, adicionados aos acordos rubricados esta segunda-feira, na capital angolana, na presença dos  Chefes de ambos os Estados. 

Para o Presidente cubano, a gestão parlamentar será essencial para respaldar as iniciativas dos actuais níveis de cooperação bilateral, do intercâmbio económico e comercial e dos investimentos mútuos. 

Cooperação Interparlamentar 

O Chefe de Estado cubano defendeu o incremento da cooperação entre os parlamentos de ambos os países, a partir dos seus representantes e do grupo parlamentar de amizade, "para melhor conhecimento das respectivas experiências no difícil exercício legislativo e corresponder às necessidades do eleitorado". 

Lembrou que nos últimos três anos Cuba aprovou uma nova Constituição e, com isso, multiplicou-se o cronograma legislativo para uma maior participação popular. 

O parlamento cubano é fornado por 470 deputados eleitos em representação dos 168 municípios do país, dos quais 226 são mulheres que representam 55,74 por cento do total de deputados. 

O Presidente cubano felicitou Angola por albergar, em Outubro deste ano, a 147ª Assembleia Geral da União Interparlanentar (UIP), em que o país caribenho se fará representar com uma delegação parlamentar de alto nível. 

Felicitou, igualmente, Angola por assumir a presidência rotativa da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). 

A sessão plenária extraordinária Solene foi testemunhada pelos representantes da Associação dos ex-estudantes angolanos na República de Cuba. 

Angola e Cuba mantêm relações de cooperação em vários domínios como da segurança, educação, saúde, transportes, obras públicas, construção, petróleos, desporto, cultura, turismo e agricultura. 

Os dois Estados estabeleceram relações diplomáticas a 15 de Novembro de 1975, quatro dias depois da independência de Angola e, um ano depois, assinaram o Acordo Geral de Cooperação. 

Esse instrumento jurídico viria a desembocar, mais tarde, na instituição de uma Comissão Bilateral entre Angola e Cuba. 

Pelas circuntâncias políticas de então, o Acordo Geral de Cooperação continuou a privilegiar as acções de auxilio técnico-militar, até 1991, um ano antes da implantação do multipartidarismo em Angola.DC/AL/ADR 





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