Edições Novembro aborda papel do cónego Manuel das Neves no nacionalismo

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  • Huambo     Segunda, 06 Fevereiro De 2023    20h08  
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Huambo – A luta de libertação nacional e o papel central do cónego Manuel das Neves no nacionalismo angolano foi abordado, esta segunda-feira, no Huambo, numa palestra promovida pela Edições Novembro.

O evento, enquadrado nas comemorações do 62º aniversário do Início da Luta Armada de Libertação Nacional, assinalado a 4 do corrente mês, decorreu no auditório do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED), na presença da governadora do Huambo, Lotti Nolika, e do presidente do Conselho da Administração da Edições Novembro, Drumond Mafuta Jaime.

Na ocasião, o historiador português José Manuel da Silveira Lopes lembrou que o cónego Manuel das Neves foi um sacerdote católico que se empenhou na luta para a libertação de Angola contra o jugo colonial.

Disse que o sacerdote foi preso pela PIDE (então Polícia Internacional e de Defesa do Estado), acusado de esconder os revoltosos que participaram nos assaltos às prisões de Luanda, a 4 de Fevereiro de 1961.

Acrescentou que, para as tropas portuguesas, o cónego Manuel das Neves, era visto como um criminoso, pelo papel que desempenhou durante a revolta do 4 de Fevereiro de 1961, pois mantinha contactos, com diversos nacionalistas, que visavam, por meio de correspondências e outras acções, a promoção de reuniões clandestinas para actos de rebelião em prol da liberdade dos angolanos.

Por seu turno, a governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, enalteceu a iniciativa da do Conselho de Administração da Edições Novembro, por dotar os jovens de ferramentas fundamentais que visam a promoção do desenvolvimento da história nacional.

Disse que abordar a história do 4 de Fevereiro de 1961 permite reflectir sobre o sofrimento dos nacionalistas angolanos para a libertação de Angola contra o jugo colonial.

Acrescentou que com o Início da Luta Armada de Libertação Nacional, o colonialismo português viu-se forçado a fazer reformas profundas no seu sistema de colonização, com a abolição do estatuto de indigenato para o estabelecimento do contrato aos nacionais, para além de abrir no Huambo um centro universitário em 1964.

A propósito, o presidente do Conselho da Administração da Edições Novembro, Drumond Mafuta Jaime, disse que escolha do Huambo resulta no facto de ter sido palco do segundo centro universitário de Angola, em 1964, depois de Luanda (1962).

Disse que o evento serviu para debater o início da Luta Armada de Libertação Nacional, a 4 de Fevereiro de 1961, uma vez que existem muitas curiosidades da juventude sobre os processos protagonizados pelos nacionalistas na altura.

Foi na madrugada de 4 de Fevereiro de 1961 que um grupo de mulheres e homens, munidos de paus, catanas e outras armas brancas, atacou a Casa de Reclusão e a Cadeia de São Paulo, em Luanda, para libertar presos políticos, ameaçados de morte.

O 4 de Fevereiro de 1961 é considerado um marco importante da luta africana contra o colonialismo, numa tradição de resistência contra a ocupação que vinha desde os povos de Kassanje, do Ndongo e do Planalto Central.

Os acontecimentos de Fevereiro de 1961 traduziram-se assim numa sublime expressão de nacionalismo, demonstrada pelos angolanos.





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