Malanje- O director-geral da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), Carlos Cambuta, defendeu hoje, quinta-feira, a definição de uma quota para o financiamento das campanhas de educação cívica eleitoral levadas a cabo pelas organizações da sociedade civil.
O responsável reiterou a necessidade do reforço da educação cívica, devido às especulações tendentes a ocorrer sobre prováveis falta de lisura no processo eleitoral, para que os cidadãos estejam elucidados e sensibilizados para exercer o direito de voto no pleito de Agosto próximo.
Falando à margem de uma visita ao Gabinete de Apoio aos Deputados do Círculo Provincial e a Comissão Provincial Eleitoral (CPE), Carlos Cambuta apelou também aos órgãos afins, no sentido de prestarem todo o apoio institucional e material aos observadores eleitorais da sociedade civil, com vista a se dar credibilidade ao processo eleitoral.
Fez saber que há muitas organizações interessadas em participar nas tarefas ligadas as eleições deste ano, mas tendem a recuar por falta de condições logísticas e financeiras para o efeito.
Apesar disso, sublinhou que a ADRA, que integra a Missão de Observação Eleitoral, conta com 108 observadores para 27 municípios de sua intervenção nas províncias de Luanda, Benguela, Cunene, Huambo, Huila e Malanje.
Acrescentou que a ADRA está a envidar contactos com parceiros de outras províncias do país, com vista a incentivar a participação da sociedade civil na observação eleitoral.
Por sua vez, o presidente da Comissão Provincial Eleitoral (CPE), José Muhongo, disse que o órgão não tem capacidade financeira para apoiar os observadores da sociedade civil.
Lembrou que, com excepção da ADRA, nenhuma outra organização manifestou interesse em participar na observação eleitoral deste ano.
Nesta altura, decorrem trabalhos de educação cívica eleitoral nos 14 municípios da província, com o envolvimento de 420 agentes.