Lubango - Os jovens devem ser mais cautelosos no uso das redes sociais, no presente pleito eleitoral, sob pena de dificultar o exercício democrático, considerou o secretário para Programas e Projectos do Conselho Nacional da Juventude (CNJ).
André de Araújo, que falava hoje, quinta-feira, no Lubango, no acto de abertura da Campanha de Educação Cívica eleitoral, na Huíla, afirmou que a juventude, ao usar as redes sociais, deve reflectir antes de agir, para não "beliscar a festa da democracia”.
Declarou que ao dar tratamento a qualquer informação, tais como texto, imagem ou vídeo, ligada às eleições, os jovens devem confirmar a sua veracidade e abster-se de mensagens que incitem o ódio e a violência.
Referiu tratar-se de um desafio patriótico e de cidadania para com o país, onde a juventude deve fazer das eleições, uma festa da democracia e não inviabilizar o acto de votação.
“Um líder ou liderado juvenil é aquele que reflecte antes de agir, que mede as consequências dos seus actos. Queremos comportamentos dignos que mostra que somos uma juventude organizada com direcção, foco e com visão no desenvolvimento do País”, acrescentou.
Reiterou que o CNJ está comprometido com a paz, democracia e o desenvolvimento do país, um comportamento que a juventude deve ter antes, durante e depois da divulgação dos resultados eleitorais.
Fez saber que o CNJ tem mobilizadores eleitorais nas ruas a trabalhar com a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), bem como recebeu 348 vagas para observadores eleitorais a serem distribuídos nas 18 províncias do país.
Mais de 1700 observadores eleitorais, entre organizações e individualidades foram aprovados pela CNE para a observação dos 18 círculos eleitorais estabelecidos.
Huíla conta com 528 agentes de educação cívica eleitoral
Ao falar da finalidade do agente eleitoral, o presidente da Comissão Provincial Eleitoral na Huíla, Dionísio Elapanga, destacou ser aquele que deve esclarecer e sensibilizar os cidadãos para praticar, de forma activa, livre e consciente o seu direito de voto.
Salientou que o mesmo deve basear-se no contacto inter-pessoal com os cidadãos, de forma dinâmica, expondo os conteúdos eleitorais, numa linguagem simples, cuidada e clara, preferencialmente na língua local dominante na comunidade que esteja inserido.
A campanha de educação cívica e eleitoral visa sensibilizar, mobilizar, informar e educar os cidadão sobre o processo eleitoral, mediante o desenvolvimento de acções de educação, formação e partilha de conhecimentos sobre a legislação eleitoral, as diferentes fases e operações inerentes ao processo eleitoral, antes, durante e após eleições.
As eleições gerais acontecem no dia 24 de Agosto com a particpação de mais 14 milhões de eleitores, dos quais 22 mil 560, que votam pela primeira vez no estrangeiro.