Luanda - O partido MPLA apresentou, esta sexta-feira, aos líderes eclesiásticos de Luanda as principais acções em agenda para o quinquénio 2022-2027, no quadro do reforço da parceria existente nos domínios sociais e da cidadania.
Com base no seu programa de governação para o próximo mandato, em caso de vitória na eleições gerais da próxima quarta-feira, o MPLA quer voltar a contar com o engajamento das igrejas, ONGs e outras organizações da sociedade civil, para ajudarem nas acções de apoio às populações, com incidência nas pessoas mais vulneráveis.
No quadro da sua campanha eleitoral, já na recta final, o Gabinete de Cidadania e Sociedade Civil do MPLA reuniu as entidades religiosas e representantes da sociedade civil, com o propósito de "renovar o voto de confiança" no seio destes.
Projectos e programas nas áreas da educação, saúde, igualdade de género, protecção da criança e dos idosos são, entre outras, acções que o MPLA quer voltar a contar com o apoio das igrejas e da sociedade civil.
No sector da educação, por exemplo, o MPLA quer continuar a contar com o apoio das referidas instituições, para reduzir a taxa de analfabetismo em todas as idades, baixando para menos de 20%, bem como diminuir ao máximo o número de crianças fora do sistema de ensino, de acordo com António Agostinho, que apresentou o programa.
Também espera apoio, para intensificar a educação digital e sua expansão nos respectivos currículos, sobretudo nos níveis de ensino primário e secundário.
Relativamente ao ensino superior, o partido conta trabalhar com as referidas entidades, para posicionar, pelo menos, duas instituições do país entre as 200 melhores em África, entre outras acções.
"Nós contamos com as instituições religiosas e a sociedade civil para que voltem a participar na implementação do Programa do MPLA", reiterou António Agostinho.
Por outro lado, o MPLA prevê reduzir, no mínimo, para 25% a taxa de desemprego, contra os actuais de 30,8%, apostando no programa de estágios profissionais, para facilitar a inserção dos jovens no mercado de trabalho, assim como a alteração do modelo de remuneração indexado às habilitações académicas e técnicas.
Reduzir ao máximo a taxa da população que vive abaixo do limiar da pobreza, aumentar substancialmente o número de agregados familiares beneficiados com transferências monetárias directas e de inclusão produtiva, nomeadamente através do Programa Kwenda, são outras estratégias contínuas deste partido.
Com o Kwenda prevê-se, até 2025, abranger mais de um milhão e 600 mil pessoas com transferências monetárias directas, para se juntarem às mais de 320 mil já beneficiadas, com cerca de 16 mil 923 em actividades produtivas.
Os líderes das congregações religiosas disseram esperar que as acções programadas sejam concretizadas e apelaram para um maior diálogo e concertação.
Participaram do evento representantes da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), da Congregação das Igrejas Cristãs em Angola (CICA), da Aliança Evangélica, da Associação dos Deficientes de Angola (ANDA), das Mulheres Empresárias, entre outros.
As eleições gerais em Angola, as quintas na história do país, realizam-se na próxima quarta-feira a vão contar com 14 milhões 399 mil eleitores, dos quais 22 mil 560 no estrangeiro.
São concorrentes ao pleito eleitoral os partidos MPLA, FNLA, UNITA, PRS, P-NJANGO, APN e PHA, assim como a coligação de partidos políticos CASA-CE.