Eleições2022: Senadora dos EUA contra retórica anti-democrática

     Política           
  • Luanda     Sexta, 02 Setembro De 2022    19h37  
Eleitores em uma assembleia de voto
Eleitores em uma assembleia de voto
Pedro Parente

Washington - A presidente do subcomité de Relações Exteriores da Câmara para África, Saúde Global e Direitos Humanos Globais, Karen Bass, exortou, esta sexta-feira, os líderes políticos angolanos a se absterem da retórica anti-democrática.

Numa declaração, a deputada aconselhou que todos os protestos devem ser pacíficos, independentemente da filiação a partidos políticos ou do resultado de quaisquer decisões judiciais relacionadas com as eleições gerais. 

“Parabéns ao povo angolano pela realização das eleições de 24 de Agosto, em que os eleitores registaram as suas preferências e tiveram a oportunidade de ser ouvidos”, declarou, sublinhando que o Presidente em exercício, João Lourenço, foi declarado vencedor na disputa presidencial do país.

Para Karen Bass, um segundo mandato para o Presidente Lourenço é uma oportunidade para continuar a melhorar as relações com os Estados Unidos, especialmente no que diz respeito ao crescente comércio americano e ao investimento público-privado em Angola.

Com uma taxa de abstenção de 55,18 por cento, a mais alta da história eleitoral do país, a votação de 24 de Agosto contou com a participação de seis de milhões 454 mil (44,82%) dos mais de 14 milhões de eleitores inscritos.

Dados divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) mostram que o MPLA obteve 51,17 por cento correspondentes a três milhões 209 mil votos, conquistando 124 assentos parlamentares, contra dois milhões 786 mil votos e 90 deputados da UNITA.

A terceira posição coube ao Partido de Renovação Social (PRS) de Benedito Daniel com 71 mil 351 votos (1,14%) e dois deputados, recuperando o lugar de terceira força política do país, perdido em 2012 para a CASA-CE.

Seguem-se a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) liderada por Simi a Nimbi, e o Partido Humanista de Angola (PHA), de Florbela Catarina Malaquias, ambos com dois deputados.

A Aliança Patriótica Nacional (APN) e o Partido Nacionalista para a Justiça em Angola (P-NJANGO) não conseguiram nenhum assento na Assembleia Nacional.

Os dois últimos ficam expostos à extinção pelo Tribunal Constitucional, por terem ficado abaixo de 0,5 por cento como valor percentual mínimo imposto pela lei para a continuidade dos partidos políticos.

Angola realizou suas as primeiras eleições em 1992, antes de voltar às urnas sucessivamente em 2008, 2012 e 2017. 

De acordo com os resultados definitivos divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), o MPLA venceu as eleições com 51,17 por cento, correspondentes a três milhões 209 mil 429 votos, que resultou na reeleição do seu candidato, João Lourenço, e na conquista de 124 assentos na Assembleia Nacional (AN).

A UNITA conquistou 43,95 por cento, traduzido em dois milhões 756 mil 786 votos e 90 deputados, o PRS 1,14% (71 mil 351 votos e dois assentos), a FNLA 1,06% (66 mil 337 votos e dois assentos) e o PHA 1,02% (63 mil 749 votos e dois deputados).

A CASA-CE com 0,76% (47 mil 446 votos), a APN 0,48% (30 mil 139 votos) e o P-NJANGO 0,42% (26 mil 867 votos) não conseguiram qualquer assento no Parlamento



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