Ondjiva – Os vendedores do mercado informal da "Alemanha", em Ondjiva, província do Cunene, mostraram-se, hoje, segunda-feira, preparados para votar nas eleições gerais do dia 24 deste mês.
Em declarações à ANGOP, os vendedores afirmaram que já conhecem as assembleias onde vão exercer os seus direitos cívicos.
Helena Belinha, que vota pela primeira vez, manifestou-se satisfeita por participar nas quintas eleições e contribuir para o fortalecimento da democracia e da reconciliação nacional.
Explicou que, sendo jovem, vai às urnas nas primeiras horas do dia 24 de Agosto, para dar o seu exemplo de cidadania, com vista à promover a sã convivência e a consolidação da estabilidade política e social de uma Angola melhor.
Na mesma senda, a vendedora Ernestina Cidade disse que está preparada para votar, aguardando apenas o momento do sufrágio.
Já Eduardo Paulino destacou o trabalho de mobilização que os operadores estão a realizar, no sentido de esclarecerem os eleitores sobre os locais one vão votar.
Por sua vez, Cecília Naufiko realçou que tem muita expectativa pelo dia do sufrágio, para exercer o seu direito de voto com muita tranquilidade e respeito pelas diferenças.
Roberto Perdigão, outro vendedor do mercado da "Alemanha", disse que o mais importante no dia do voto é que haja respeito pelos resultados a serem publicados, uma vez que se trata de uma festa da democracia, em que a responsabilidade do "voto certo" é individual.
Enquanto isso, Amélia Lúcia apelou para uma participação "harmoniosa e civilizada" nestas eleições para a escolha do Presidente da República, do Vice-Presidente da República e dos 220 deputados à Assembleia Nacional.
Os vendedores nos mercados estão a beneficiar de folhetos com ilustrações sobre os direitos e deveres dos cidadãos nas eleições, a importância do voto, entre outros aspectos inerentes ao processo eleitoral, numa iniciativa da Comissão Provincial Eleitoral.
Associação de vendedores ambulantes
O secretário provincial da Associação Nacional dos Vendedores Ambulantes (ANVA) no Cunene, Elias Molongonge, reforçou que as eleições são uma festa da democracia, pelo que devem ser transparentes e justas.
“Por sermos todos cidadãos angolanos, há essa necessidade de exercermos o nosso voto que vai ditar a eleição dos nossos futuros dirigentes do governo e os representantes do povo na Assembleia Nacional”, afirmou.
Disse que os associados estão mobilizados para se manterem serenos e preparados para votar no concorrente que melhor programa de governação apresentou.
A ANVA tem no Cunene mil e 500 membros, dos quais 100 já beneficiaram de financiamento de um valor que varia entre 50 mil e 200 mil kwanzas, para apoiar as suas actividades comerciais.
Trata-se de uma instituição filantrópica e apartidária que se encontra nas províncias de Luanda, Benguela, Bié, Huambo, Huíla, Namibe e Cunene, e controla 18 mil associados.
A província do Cunene conta com 644 assembleias e 925 mesas de voto, para 430 mil e 899 eleitores, com opções de votarem nos partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, P-NJANGO, PHA e APN e na coligação CASA-CE.
As eleições gerais deste mês contam com 14 milhões e 399 mil eleitores, dos quais 22 mil e 560 residentes no estrangeiro. A votação no exterior, a primeira na história do país, vai ocorrer em 25 cidades de 12 países.