Luanda - O Executivo angolano está a trabalhar na revisão da Estratégia Nacional da Biodiversidade 2019/2025, para ampliar o seu tempo de duração, até 2050, informou, esta quinta-feira, a ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho.
A governante falava à imprensa, no final de uma audiência que a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, concedeu à directora global de Finanças Sustentáveis, Protecção de Terra, Águas Doces e Oceanos da The Nature Conservancy (TNC), Melissa Garvey.
Afirmou que pretende-se com essa revisão assegurar a continuidade dos projectos constantes nessa estratégia, que já está em implementação há cinco anos.
Segundo a ministra, os projectos em curso para a conservação da biodiversidade estão ainda em fase embrionária e necessitam de um financiamento.
"Temos uma Estratégia Nacional de Biodiversidade, que, por sinal, tem o seu término em 2025, mas estamos já a revê-la. Já temos um nível de implementação, mas precisamos de fazer a continuidade, pelo menos até 2050", exprimiu.
A Estratégia Nacional e o Plano de Acção para a Biodiversidade foram formulados para servir como quadro integrado estratégico, dentro do qual a conservação e o uso sustentável da biodiversidade podem ser organizados e coordenados para um período de sete anos (2019-2025).
Afirmou que actualmente está-se a trabalhar com a Global Nature Conservancy (TNC) para a Protecção dos Oceanos, com a participação dos ministérios do Planeamento e das Finanças.
Explicou que os projectos em curso já alcançaram três por cento da área de conservação terrestre, mas estão em preparação novas áreas nas províncias do Uíge (Serra do Pingano), Cuanza-Sul (Morro do Cumbira) e na província do Huambo (Morro do Moco).
Paula de Carvalho apontou também a criação da área de conservação marinha, em curso na província do Namibe.
Frisou que os projectos aguardam por um financiamento da Global Nature Conservancy (TNC), numa conjugação de esforços com o Ministério da Finanças, para que sejam concretizados até Fevereiro do próximo ano.
Disse que decorre igualmente um levantamento dos recursos hídricos das províncias do Moxico e do Cuando Cubango.
O encontro serviu para a TNC dar a conhecer as iniciativas em curso e os recentes progressos obtidos por Angola, abordar oportunidades de colaboração, partilhar informações e prioridades, com destaque para a facilitação dos mecanismos de financiamentos sustentáveis destinados à conservação da natureza.
A directora global de Finanças Sustentaveis, Proteccção de Terra, Água Doces e Oceanos da Nature Conservancy disse ser necessário que Angola, assim como outros países, possam ter a oportunidade de financiar as actividades ou projectos de conservação da biodiversidade, para o bem das populações e o apoio às comunidades.
Melissa Garvey afirmou que sua organização trabalha com doações e também está ligada ao Governo norte-americano na parte de conservação da biodiversidade e do desenvolvimento comunitário.
Presente em mais de 70 países, a Nature Conservancy (TNC) é uma organização ambiental global sem fins lucrativos fundada em 1971, que se propõe a consciencializar as sociedades sobre a necessidade de prosperar sem pressionar de modo insustentável a natureza, protegendo a terra e as águas.
Em Angola está presente na província do Cuando Cubango, junto das comunidades, visando a conservação eo desenvolvimento inteligente e sustentável. FMA/ART
