Ondjiva – As famílias angolanas devem cultivar o espírito do perdão, uma marca da reconciliação para o desenvolvimento harmonioso e sustentável do país, aconselhou, nesta sexta-feira, na província do Cunene, a vice- presidente do MPLA, Luísa Damião.
Falando no sexto encontro de auscultação e reforço do diálogo aberto e participativo da sociedade civil, denominado “Termómetro”, explicou que reconhecer o erro, o valor do perdão e da reconciliação é um caminho em direcção a superação para o alcance das vitórias em todas as esferas da vida.
Por isso, realçou que o pedido de perdão é um exercício que deve ser abraçado pelas famílias, extensiva ao contexto comunitário, como forma de se continuar a edificar uma cultura de paz na diversidade e na conjugação de esforços para o desenvolvimento do país.
No seu entender, só quem percebe a profundidade e o alcance do reconhecimento do erro e do valor do perdão e da reconciliação está apto para dar um passo em direcção à superação e à vitória em todas as esferas da vida.
Esta atitude, disse, “vale para todos nós e, no caso em concreto, para as formações políticas, sobretudo para quem tenha no seu passivo laivos de sangue por esclarecer”.
Neste contexto, a política disse que o MPLA abraça com seriedade e responsabilidade o discurso de pedido de desculpa pública feito pelo Presidente da República, João Lourenço, cuja nobreza da mensagem está a ser bem acolhida pelas famílias angolanas, organizações da sociedade civil e igrejas.
Afirmou que o partido vai continuar a privilegiar o diálogo franco e aberto com diversas organizações sociais, para que, de forma conjunta, se busquem soluções necessárias para contrapor a situação e alavancar o progresso sócio-económico do país.
“A experiência mostra que é mais fácil construir a discórdia e a instabilidade, mas é sem dúvida mais difícil construir a paz . É mais fácil instigar a desconfiança do que edificar a tolerância e o respeito mútuo entre as pessoas, as organizações, quando se quer alcançar o poder a todo custo”, asseverou.
Por isso, convidou todos a cultivar um espírito de ser e estar, onde a tolerância sobrepõe-se à vingança e o perdão sobrepõe-se aos corações carregados de ódio.
“Todos sabemos os desafios que enfrentamos desde o aprofundamento do nosso Estado de Direito e democrático, a contínua transformação das mentes que são responsáveis de desenvolver as reformas necessárias aos anseios dos angolanos”, sublinhou.
Porém, destacou que o país está a marcar passos seguros, com processos de diálogo inclusivo entre o Estado, o governo e a sociedade civil, que conta com a patriótica e determinada liderança do Presidente da República e Titular do Poder Executivo, João Lourenço.
Nesta senda, Luísa Damião frisou que o partido torna-se cada vez mais aberto, actual, incontornável e imbatível aos desafios políticos e eleitorais, porque aprendeu a ter a capacidade de reconhecer as falhas e a pronta humildade de as corrigir.
O "Termómetro" abordou o tema “A dimensão do perdão na consolidação de uma Angola de Paz, Reconciliação e Desenvolvimento”.
Luísa Damião cumpre, desde quinta-feira, uma jornada de trabalho, de três dias, na província do Cunene, onde, entre outras acções, orientou o Encontro Interprovincial dos Organismos Intermédios do MPLA na Região sul.