Luanda – Cerca de 70 oficiais-generais e almirantes licenciados à reforma foram homenageados hoje, sexta-feira, em Luanda, em cerimónia orientada pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas Angolanas (FAA), general de aviação Altino dos Santos.
O acto, ocorrido no ex-RI-20, cingiu-se na leitura da ordem do Comandante-em-Chefe das FAA sobre a passagem do serviço militar activo à reforma e na entrega de certificados de mérito e medalhas aos oficiais, em reconhecimento do seu contributo nas Forças Armadas e na Pátria, em geral.
Ao intervir no acto, Altino dos Santos começou por manifestar sentimento de gratidão e ressaltou o papel determinante daqueles que, “como filhos da Pátria, desempenharam no cumprimento de missões complexas, algumas das quais de alto risco, em prol da defesa da independência nacional, da soberania, da paz e da integridade territorial”.
Reiterou que as FAA continuarão a contar com o contributo destes noutras frentes, sobretudo nas academias e institutos militares, para transmitirem às novas gerações, entre outras matérias, as tradições combativas, as histórias das batalhas travadas em Angola, as lições sobre virtudes e valores militares.
“Devereis, na sociedade civil, continuar a transmitir exemplos de coragem e resiliência face às dificuldades que o país ainda atravessa, pois foi precisamente nesta trajectória de vários constrangimentos que fostes capazes de alcançar importantes vitórias nos campos de batalha, que permitiram conquistar e preservar a independência, consolidar a paz e o processo de reconciliação nacional, premissas indispensáveis para o alavancar do movimento socio-económico sustentável do país”, disse.
Segundo o chefe do Estado-Maior General das FAA, o facto de os oficiais generais e almirantes estarem no fim da carreira militar não deve significar o seu abandono ou esquecimento por parte da instituição que serviram de forma exemplar ao longo de muitas décadas.
Já o almirante Lando Vipé, a quem coube a leitura da mensagem dos oficiais agora reformados, afirmou ser com satisfação e sentimento de dever cumprido que o grupo deixa as Forças Armadas, pois fez parte de uma geração muito comprometida com os valores da Pátria.
Ressaltou que servir a Nação ao longo dos anos com coragem, determinação, afinco e cerrada disciplina foi e continuará a ser o maior orgulho desta geração.
Manifestou a disponibilidade de o grupo continuar a dar o seu contributo para o engrandecimento do país ali onde for necessário.
Constam entre outros reformados, António dos Santos “Patónio”, antigo juiz presidente do tribunal militar, Mateus Miguel Ângelo “Vietname”, ex-chefe do Estado Maior do Exército, Hugo dos Passos, antigo chefe de direcção principal de quadros, e João Miguel Martinho, ex-director da Polícia Judiciária Militar (PJM).
Cinco outros mereceram distinção a título póstumo, com realce para o general Jorge Barros Nguto. VC/AL
