Lobito – Sessenta marinheiros a bordo da Fragata portuguesa NRP Setúbal encontram-se desde esta terça-feira na cidade do Lobito, província de Benguela, para uma missão de quatro dias, no quadro da iniciativa “Mar aberto”, referente ao Golfo da Guiné, soube a ANGOP.
De acordo com o capitão-de-fragata Dias Marques, durante a permanência no Lobito vão realizar treinos conjuntos com a escola de especialistas navais da região Sul, na disciplina de mergulhos, bem como haverá capacitação de equipas de formação dos marinheiros angolanos.
Antes das actividades, o capitão do navio, acompanhado do assessor junto do Comando da escola de especialistas navais, Manuel de Oliveira dos Santos, estiveram com o comandante da Marinha local, Vice-Almirante Tomás Felgueiras Neto, Capitão do Porto do Lobito, Henrique Pedro, e o administrador municipal, Carlos Vasconcelos.
Os marinheiros da Fragata NRP Setúbal estiveram no dia 11 do corrente no Ambriz (Bengo), onde interagiram com os fuzileiros navais e de 12 a 19 em Luanda, onde realizaram treinos com os mergulhadores e a equipa de comunicação, com vista a melhorar as suas performances.
O objectivo da missão, segundo Dias Marques, é o estreitamento das relações entre os países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e outros da região, bem como a cooperação técnico-militar, já que o Golfo da Guiné tem sido muito afectado a nível de insegurança marítima.
“Só o ano passado, ocorreram no Golfo da Guiné mais de 95 por cento dos casos de pirataria”, lembrou o capitão.
O navio de patrulha oceânica NRP Setúbal foi entregue à Marinha Portuguesa no final de 2018 e já fez várias missões na zona do continente (Portugal) e regiões autónomas.
“Esta é a primeira missão internacional do navio, escalando Angola, com 58 marinheiros portugueses, um brasileiro e um americano da guarda costeira, no âmbito do protocolo que Portugal tem com outros países”, concluiu.