Cuito Cuanavale: O governador da província do Cuando Cubango, José Martins, afirmou hoje, sábado, que o 23 de Março representa um marco de coragem e determinação do povo angolano na defesa do seu território.
José Martins teceu essas considerações quando intervinha no acto central dos 36 anos da Batalha do Cuito Cuanavale (BCC) e sexto desde que elevada como data de libertação da África Austral.
Para o governante, a ocasião representa um momento de festa e profunda reflexão sobre a verdadeira história da batalha.
Realçou que o 23 de Março oferece ao povo angolano motivos de muito orgulho pela coragem dos angolanos que participaram do sucesso.
Realçou que a história confirma a superioridade heroica de Angola no palco da batalha, o que forçou a queda do regime de apartheid, razão pela qual o impacto da efeméride ultrapassa as fronteiras territoriais de Angola.
Por outro lado, encorajou a visão e estratégia directiva de atrair para a província e o município centenas de jovens do país, uma acção que os permitiu, além de verem as paisagens, que ouvissem em primeira mão e na voz dos protagonistas da batalha todas as suas nuances, com o acento tónico no patriotismo.
Realçou que o gesto do governo manifesta a clara evolução sobre a divulgação da história para que seja conhecida por todos e sobretudo pela juventude, por constituir um marco importante na historia contemporânea dos povos de Angola e da África Austral.
Na sua mensagem, a Federação dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria (FACVPA) realça a importância da necessidade de continuar a prestar tributos aos antigos combatentes.
Apresentada pelo presidente do conselho directivo, tenente-general Ludgério Peliganga, destaca a data como sendo um marco incontornável na memória colectiva de África e do mundo, bem como o preço da liberdade e dos seus heróis.
Afirmou que não há dúvidas de que se trata de um feito que precisa de ser devidamente contextualizado e transformá-lo em fonte de inspiração para vencer os presentes desafios de Angola para a sua modernização.
“ Hoje precisamos incutir a ideia de que com o espírito semelhante podemos seguir em frente, honrando a memória dos que lutaram para a defesa do território e preservar o seu legado”, concluiu.
Presidido pelo ministro da Defesa, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, o acto contou com a presença de auxiliares do titular do Poder Executivo, deputados à Assembleia Nacional, Magistrados Judiciais e do Ministério Público, Generais dos três ramos do exército, autoridades tradicionais e religiosas, entre outros convidados. MSM/FF/PLB