Governo angolano tem como desafios garantia da auto-suficiência alimentar

     Política           
  • Bié     Domingo, 17 Setembro De 2023    14h40  
Ministra da educação, Luísa Grilo (à esq.), ministro da Administração do Território, Dionísio Manuel da Fonseca (centro) e governador do Bié, Pereira Alfredo
Ministra da educação, Luísa Grilo (à esq.), ministro da Administração do Território, Dionísio Manuel da Fonseca (centro) e governador do Bié, Pereira Alfredo
Bartolomeu Nascimento-ANGOP

Cuito – O Governo angolano tem como um dos grandes desafios actuais a garantia da auto-suficiência alimentar, com o aumento da produção nacional, para suprir as necessidades da população.

Falando no acto central do Dia do Herói Nacional, decorrido na cidade do Cuito, província do Bié, o ministro da Administração do Território, Dionísio Manuel da Fonseca, afirmou que o Executivo vai continuar a potenciar esse sector, para que seja um meio de crescimento inclusivo da economia.

Segundo o governante, a produtividade dos solos, no geral, ainda é muito baixa, com excepção da mandioca, banana e dos citrinos, visto que a população utiliza apenas 10 por cento do total da terra com potencial agrícola.

Por isso, de acordo com o ministro, urge a necessidade do aumento das áreas cultivadas, optimizar o tipo de culturas e melhorar a produtividade.

Dionísio Manuel da Fonseca explicou ainda que os agricultores familiares cultivam mais de 90 por cento dos solos aráveis e asseguram mais de 80 por cento da produção nacional, assim como a agricultura, a pecuária e a silvicultura representam mais de 50 por cento do emprego no país.

Assim, adiantou, o Executivo continuará a trabalhar para facilitar o acesso às sementes e aos fertilizantes, bem como criar condições para o escoamento da produção dos campos para os centros de consumo.

O ministro falou ainda da responsabilidade dos governos provinciais e, sobretudo, das administrações municipais promoverem a inclusão produtiva, facilitando o acesso e a posse titulada dos terrenos agrícolas.

Segundo ele, essa é uma medida que se enquadra no âmbito do programa de desconcentração e descentralização administrativa, que visa aproximar mais os serviços às populações e tornar o município o epicentro da governação.

O ministro da Administração do Território, Dionísio Manuel da Fonseca, aproveitou para enaltecer a província do Bié, que teve o registo do crescimento da produção de milho de 1,5 para três toneladas por hectar, de 8 para 12 toneladas por hectar na produção da batata rena, de nove para 17 toneladas por hectar na produção de tomate e de 10 para 32 toneladas por hectar na produção de repolho. 

Estabilidade do país é o principal factor de mobilização do investimento

Dionísio Manuel da Fonseca afirmou que a estabilidade que o país vive é o principal factor de mobilização do investimento directo, quer estrangeiro quer nacional, o que está a promover o emprego.

Por isso, defendeu a contínua promoção de uma boa convivência e ambiente saudáveis nas cidades, bairros e aldeias, com a observância das leis e as regras definidas pelas entidades competentes do Estado, respeitando as regras do jogo democrático.

“Cada cidadão, ali onde estiver colocado, deve cumprir a sua tarefa com zelo, responsabilidade e profissionalismo, para que no fim do dia façamos de Angola um país melhor.

Por essa razão, referiu, deve-se continuar com actos positivos, tais como conservar os empreendimentos construídos pelo Estado, evitar a vandalização de bens públicos,  as queimadas e todas as práticas que contribuem para a degradação do meio ambiente.

A jornada do Herói Nacional comemora-se sob o lema Juntos pelo Desenvolvimento de Angola, que, segundo o ministro, traduz a visão de Agostinho Neto, de cooperação e de caminhar juntos, para o progresso de Angola.

Para si, Agostinho Neto continua a ser uma verdadeira fonte de inspiração dos angolanos, para se enfrentar os desafios actuais do país.

“É à Agostinho Neto e aos bravos angolanos e angolanas, alguns conhecidos outros anónimos, que sob sua liderança lutaram contra a opressão colonial, à quem devemos a Nação Angolana, que devemos continuar a construir e a desenvolver todos os dias”, realçou.

Estes e outros exemplos saudáveis,vão permitir seguir os ensinamentos do herói nacional, António Agostinho Neto, de uma Nação que deve ser construída e desenvolvida por todos, independentemente das suas convicções políticas e ideológicas ou de qualquer outra natureza.

Em breves palavras, o governador do Bié, Pereira Alfredo, enalteceu o Governo, pela escolha da província do Bié em acolher o acto central do Dia do herói nacional, assim como o apoio incondicional na concretização de diversos projectos de impacto social, na circunscrição.

Prestigiaram ainda o acto a ministra da Educação, Luísa Grilo, secretários de Estado, vice-governadores, representantes de partidos políticos, administradores municipais, representantes da Fundação Dr. António Agostinho Neto, autoridades tradicionais entre outros convidados.

António Agostinho Neto nasceu em Icolo e Bengo, a 17 de Setembro de 1922. Morreu em Moscovo a 10 de Setembro de 1979.

Foi médico, escritor e político angolano. Em 1975 proclamou a Independência Nacional e tornou-se o primeiro Presidente de Angola até 1979.BAN/PLB





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