Mbanza Kongo – Um milhão, 757 mil e 600 Kwanzas foram apreendidos esta quinta-feira, em Mbanza Kongo, província do Zaire, pela Inspecção Geral de Administração do Estado (IGAE), resultantes da cobrança indevida de propinas aos alunos da Escola Técnica de Saúde.
Após denúncia anónima, os inspectores da IGAE flagraram a cobrança de 293 mil e 700 Kwanzas a alguns alunos pela sub-direcção pedagógica da referida escola, ao passo que os restantes um milhão, 463 mil e 900 Kwanzas foram encontrados no cofre da instituição.
Na sequência desta acção, a IGAE convidou o director-geral da escola e o sub-director pedagógico para prestarem alguns esclarecimentos acerca da cobrança de propinas aos alunos sem que esteja estipulada por lei.
Em declarações à imprensa, o inspector da IGAE, Garcia Luvongo, disse serem ilegais essas propinas que têm sido pagas trimestralmente pelos alunos, num valor total de dois mil e 100 Kwanzas, na razão de 700 Kwanzas por mês.
Explicou que, na sequência das averiguações constatou-se que a direcção da escola obrigava os discentes ao pagamento do referido valor, sob pena de os incumpridores serem suspensos de frequentarem as aulas.
Adiantou que, os acusados serão encaminhados, nas próximas horas, ao Serviço de Investigação Criminal (SIC) que dará seguimento ao processo.
O director-geral da Escola Técnica de Saúde do Zaire, João André, em entrevista aos jornalistas, reconheceu não haver legislação que dá respaldo às cobranças feitas aos alunos da sua instituição.
Disse, no entanto, que essa prática data de 2019, frisando ser um erro que importa corrigir agora, com a actuação da IGAE.
Este é o segundo caso de extorsão que a IGAE no Zaire regista, em menos de 48 horas.
Esta quarta-feira, 08 de Junho, um agente do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), destacado no posto aduaneiro do Luvo, município de Mbanza Kongo, foi detido por extorquir 25 mil Kwanzas a um cidadão que pretendia adquirir um passe de travessia para a República Democrática do Congo.
Em condições normais, o referido documento de travessia para o outro lado da fronteira custa mil Kwanzas.