Luanda – O ministro das Relações Exteriores, Téte António, destacou, esta segunda-feira, em Luanda, a importância do acordo de isenção de vistos entre Angola e São Tomé e Príncipe, por impulsionar a dinâmica e o reforço dos laços de cooperação bilateral.
Em declarações à imprensa à margem da assinatura do acordo de isenção de vistos entre os dois países, Téte António afirmou que Angola e São Tome e Príncipe tomaram a dianteira em relação a visão da CPLP no que concerne ao assunto.
Segundo o ministro, São Tomé e Príncipe já é um destino privilegiado dos angolanos e a isenção de vistos é um incentivo para que os dois povos circulem mais em ambos os territórios.
Conforme o ministro, em 2019 foram identificadas áreas para uma nova estratégia de cooperação, entre as quais o turismo, transporte e a exploração dos hidrocarbonetos que os dois países fazem em offshore.
Segundo o ministro, com a assinatura do acordo os dois países escrevem uma página em letras de ouro da história dos laços existentes, incluindo os de consanguinidade que unem os nossos povos.
As relações de amizade e cooperação entre Angola e São Tomé e Príncipe, afirmou Téte António, estão assentes em factores políticos, históricos, culturais e geográficos.
Téte António adiantou que se pretende contribuir para a redinamização da cooperação e introduzi uma nova dinâmica para o desenvolvimento das áreas de interesse mútuo identificadas, reforçando as linhas gerais de cooperação bilateral.
Por sua vez, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades de São Tomé e Príncipe, Edite Ramos da Costa Ten Jua, destacou que o acordo assinado é histórico.
Edite Ramos da Costa Ten Jua realçou que a isenção de vistos vai fomentar o turismo regional e o empresariado.
“Angola sempre foi, é e será um parceiro preferencial de São Tomé e Príncipe”, disse.
Angola e São Tomé e Príncipe formalizaram a cooperação em Fevereiro de 1978, através do Acordo Geral de Amizade e de Cooperação, e da Comissão Mista Bilateral criada em Janeiro de 1980. Esta Comissão Mista realizou a sua sexta e última sessão, em Luanda, em Novembro de 2007.
Estes instrumentos jurídicos permitiram a celebração de mais de 26 acordos sectoriais, cuja execução efectiva está aquém das expectativas iniciais.