Cuito - A juventude africana deve continuar a preservar a paz, aprofundar a democracia e cultivar a tolerância política, assim como mobilizar os cidadãos para adesão de comportamentos positivo, para salvaguardar a independência dos países do continente.
Falando nesta terça-feira, na Bienal Provincial do Bié, o diretor do gabinete local da cultura, turismo, juventude e desporto, Nelson Quintas, realçou a importância dos jovens terem a consciência do seu papel agregador, sobretudo evitar comportamentos que beliscam o desenvolvimento do continente africano.
A Bienal Provincial foi realizada no quadro do lançamento pelo Governo angolano, nesta segunda-feira, da segunda edição da Bienal de Luanda - Fórum PAN- Africano para a Cultura de Paz, que decorreu de 27 a 39 do mês em curso.
Nelson Quintas aconselhou os jovens a fazerem do associativismo uma forma de viver em comunidade, valorizando os valores e o activismo cívico e responsável como mecanismo de se ultrapassar todas diferenças.
Durante o evento, foi dissertada uma palestra subordinada ao tema " A contextualização do Pan-africanismo e o papel da juventude na estabilidade e desenvolvimento do continente africano".
O jurista Carlos Ulombe da Silva (prelector) enalteceu o empenho positivo de muitos países africanos no combate à corrupção e na recuperação de activos desviados.
Reconheceu igualmente o papel do executivo angolano na luta contra a fome e a pobreza, implementando projetos e programas que estão a garantir serviços sociais a população, sobretudo para a juventude.
Para si, a juventude africana deve continuar com aposta na formação académica e científica, aprofundar, valorizar e resgatar valores culturais, visando salvaguardar a harmonia social dos povos.
A Bienal de Luanda é um projecto que nasce da convergência de políticas e programas estratégicos entre três parceiros principais, o Governo de Angola, a UNESCO e a União Africana.
Ela inspira-se na Carta de Renascimento Cultural Africano, que preconiza que a cultura é o caminho mais seguro para que África possa aumentar a sua participação científica mundial e enfrentar os desafios.
O evento está em consonância com o Plano de Acção a favor de uma cultura de paz em África, adaptado em Luanda durante o Fórum PAN- Africano "Fundamentos e Recursos para uma Cultura de Paz", organizado em 2013.
Com esta actividade, o Governo angolano, a UNESCO e UA pretendem promover a construção das artes, da cultura e do património para uma paz duradoura e o envolvimento dos jovens como actores de transformação.
A cerimónia foi testemunhada pelo governador do Bié em exercício, António Manuel.