Ondjiva - Jovens eleitores da província do Cunene solicitaram, nesta quinta-feira, aos responsáveis das formações políticas concorrentes às eleições gerais de 24 de Agosto, para primarem pela urbanidade durante a campanha eleitoral.
Em declarações à ANGOP, os jovens afirmaram que as forças políticas desempenham um papel preponderante para que o processo eleitoral decorre num ambiente de normalidade e tranquilidade.
O estudante Santos Moisés, de 21 anos de idade e que vai participar pela primeira vez do pleito, espera dos concorrentes ética e disciplina partidária, para a moralização dos eleitores.
Para si, há necessidade dos discursos serem baseados naquilo que são as linhas de governação dos partidos para os próximos anos.
Já a cidadã Isabel Manuela disse estar pronta para cumprir com o seu dever de cidadania e que espera por serenidade dos autores políticos.
Para que tenhamos uma afluência massiva, é necessário que os candidatos primem pela paz e harmonia.
Sobre o assunto, o funcionário público Yorani Haikela admitiu que o processo actual está a ser vivido dentro da urbanidade.
Falou da existência de informações nas redes sociais que necessitam de ser melhoradas.
“O que preocupa-me, é o mau uso das redes sociais, onde, sobretudo os jovens, não respeitam as diferenças de cores partidárias", sustentou.
Contactado também pela ANGOP, o cidadão Benedito Tchicamby disse esperar que os concorrentes transmitam o seu plano de governação, para participar de forma consciente.
De acordo com o jovem, os políticos devem emitir ideias económicas e sociais, denunciando erros políticos sem calúnia, ofensa ou incitação à violência, para a salvaguarda dos interesses superiores do Estado.
Inocência Ndelimeke, outra cidadã, enfatizou o espírito de angolanidade em detrimento do interesse de qualquer força política, uma vez que está em causa o processo de reconciliação e estabilidade da nação.
“As regras democráticas consistem no respeito às cores e à diferença partidária, para que a democracia seja realmente um facto no país”, referiu.
Para o pleito de 24 de Agosto, apresentaram candidaturas sete partidos e uma coligação de partidos políticos, nomeadamente o MPLA, UNITA, PRS, CASA-CE, FNLA, PHA, APN e P-NJANGO.
As eleições deste ano, que terão pela primeira vez a participação de angolanos residentes na diáspora, são as quintas da história de Angola, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.
São esperados mais de 14,399 milhões de eleitores, dos quais 22.560 no estrangeiro.