Malanje - O 1º secretário provincial do MPLA em Malanje, Norberto dos Santos “Kwata Kanawa”, apontou, sábado, o aumento da produção agrícola como o principal desafio do seu partido, para reduzir a fome e garantir melhor qualidade de vida.
O político, que falava num encontro com militantes do sector de Kuissaco, arredores da cidade de Malanje, disse que o país, em particular a província de Malanje, dispõe de recursos bastantes (como solo fértil e rios) para alavancar o sector agrícola, pelo que urge a aposta do empresariado e cooperativas para se inverter o quadro.
“O maior desafio que se coloca ao MPLA é a produção de alimentos para que nenhum angolano passe fome. Isso está ao nosso alcance”, atestou o secretário provincial do partido no poder em Malanje, garantindo que essa agremiação continuará empenhada na disponibilização e protecção das áreas destinadas ao cultivo.
Sublinhou que, com uma aposta séria na produção agrícola, poder-se-á contribuir para o alcance da auto-suficiência alimentar do país e exportação do excedente, evitando-se, deste modo, a dependência do sector petrolífero, cujo preço vem conhecendo, nos últimos anos, oscilações no mercado internacional.
Por outro lado, Norberto dos Santos pediu mais união entre os militantes, para que o partido continue coeso, disciplinado e organizado, aspectos que, conforme disse, sempre ditaram os triunfos da organização. Reafirmou ainda o papel dos CAP´s (Comités de Acção do Partido) no fortalecimento e crescimento da organização.
Durante a sua intervenção, o secretário reforçou o apelo para o contínuo cumprimento das medidas contra a covid-19 e criticou a postura de muitos cidadãos que negligenciam a prevenção, expondo-se ao risco de contaminação.
Na ocasião, o secretário do CAP do sector de Kissaco, Manuel Domingos, solicitou a advocacia do partido para a devolução à comunidade local de uma parcela de terra, de 550 hectares, vendido em 2008 ao Cofre de Providência da Polícia Nacional, sem que os habitantes tivessem conhecimento.
Tal situação, relatou, tem limitado a prática agrícola na localidade, pelo que pediu também o fornecimento de serviços sociais como água, energia eléctrica e saúde, a par do registo de nascimento e emissão de Bilhete de Identidade.