Benguela – A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, reafirmou esta segunda-feira, em Benguela, que a sua formação política continua a ser um partido de milhões, com capacidade de liderar os processos de mudança no país.
A dirigente reafirmou que o seu partido está seriamente comprometido com os anseios e aspirações dos angolanos e com a construção de um estado forte, democrático e moderno.
Falando no encerramento da campanha de apresentação da candidata Joana Tomás como futura secretária-geral da Organização da Mulher Angolana (OMA), a vice-presidente do MPLA enfatizou que a capacidade de mobilização e organização está na base das sucessivas vitórias do partido nas eleições.
Na sua óptica, a fortaleza do MPLA encontra a sua expressão máxima no facto de ser um partido que sabe sempre lidar com os contextos adversos, porque estuda a realidade dos lugares e dialoga com o povo.
“O nosso compromisso é com o povo angolano e com o desenvolvimento económico e social do país, visando o bem-estar das famílias angolanas”, destacou.
Acrescentou que a força do MPLA reside no povo, que abraçou os seus ideais de liberdade, patriotismo, solidariedade e justiça social, sublinhando: “Conquistamos a independência e a paz, estamos a consolidar a democracia e defenderemos o respeito pela Constituição e o primado da lei”.
Luísa Damião recordou que durante o seu percurso histórico, a OMA tem sabido mobilizar, organizar, educar e capacitar as mulheres, contribuindo para as vitórias do partido.
“Na sua rica história de luta e vitórias, a OMA tem sido uma das grandes defensoras dos ideais e aspirações das mulheres na identificação dos seus problemas e expectativas, quer a nível rural, quer a nível urbano ou ainda na periferia das cidades”, frisou.
Vincou que o MPLA respeita sempre os seus adversários políticos, com humildade, e na hora da verdade vence os desafios, afiançando que “sempre que matamos a cobra mostramos o pau”, numa alusão aos pleitos anteriores que deram vitória ao seu partido.
A dirigente considerou Joana Tomás como uma mulher proveniente de uma família humilde, mas de rico percurso político-partidário, com início na Organização do Pioneiro Angolano (OPA), onde forjou os seus valores patrióticos, antes de se filiar na JMPLA e, posteriormente, abraçar a causa da OMA, há 15 anos.
Joana Tomás, candidata única ao cargo de secretária-geral da OMA, é tida por Luísa Damião como conhecedora dos problemas das mulheres, sobretudo das zonas rurais, devido à sua profissão (jornalista).
"É originária do interior, sendo filha de camponesa e de um pastor metodista, por isso de fácil trato, mas de firmes convicções, a quem a vida ensinou a não desistir", segundo a vice-presidente do MPLA.
Por seu lado, Joana Tomás fez um resumo do programa de acção que prevê implementar nos próximos cinco anos, se eleita, onde se ressaltam aspectos como a alfabetização, o empoderamento, a formação e capacitação da jovem mulher, o voluntariado, entre outras acções.
Antes da apresentação do seu programa quinquenal, a candidata submetida a um ritual tradicional típico da região que, em síntese, representa a noiva de alguém com poder financeiro-material.
A actual secretaria-geral da OMA, Luzia Inglês, lembrou que este acto enquadrou-se nas directrizes e estatutos da organização, tendo sido realizadas, desde 11 de Agosto de 2020, assembleias de base nos bairros, comunas, distritos, municípios e sedes provinciais de todo país.
Este foi o último acto da campanha de apresentação da candidata a secretaria-geral da OMA, até ao congresso a realizar-se de 25 a 27 de Março corrente.