Lobito - O Inspector-chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR), Luciano Cachaca Kumbua, defendeu esta terca-feira, no Lobito (Benguela), a realização de acções contínuas de formação para os magistrados, visando um melhor desempenho destes.
Em declarações à ANGOP, Luciano Kumbua explicou que há procuradores recém saídos das instituições de ensino que precisam dominar melhor as matérias de trabalho, de modo a evitarem cometer eventuais erros.
"A visita de constatação, ajuda e controlo é o propósito que me trouxe a provincia de Benguela, e no meu regresso vou propor ao Procurador-Geral da República, Hélder Pitagrós, que autorize mais acções de formação para os magistrados desta província", disse.
Para ele, o efectivo que encontrou também não corresponde à demanda, tendo em conta a quantidade de trabalho.
Depois dos municipios de Benguela, Catumbela, Baía Farta e Lobito, o Inspector-chefe seguirá para o Bocoio, Balombo, Cubal e Ganda.
Questionado sobre supostos arguidos, já apresentados, enquanto decorrem os seus processos, o inspector disse haver duas vertentes neste assunto.
Segundo ele, "há os que defendem que os mesmos não devem ser apresentados à imprensa para serem filmados ou fotografados nos termos da defesa dos direitos humanos".
Por outro lado, também há os que concordam que devem ser apresentados para que os outros não sigam o seu exemplo, argumentou.
Sobre a lutra contra a corrupção, afirmou estar num bom caminho, apesar do processo ser moroso e complicado.
Ainda neste contexto, reafirmou que ela (luta contra corrupção) vai prosseguir, independentemente das eleições marcadas para o próximo dia 24 de Agosto do corrente ano.
Em relação ao património no exterior, Luciano Kumbua comentou que "há países que estão a colaborar e outros nem tanto, mas é importante negociar para que Angola consiga reaver aquilo que lhe foi tirado de forma ilícita".
Actualmente, a província de Benguela alberga a sede provisória da região judiciaria centro da PGR, que integra o Bié, Cuanza sul e Huambo, contando com 121 magistrados e 171 técnicos de justiça e funcionários administrativos.