Onze mil professores ingressam na educação em 21 anos de paz

     Política           
  • Huambo     Terça, 04 Abril De 2023    17h02  
Professora e alunos numa sala de aula (arquivo)
Professora e alunos numa sala de aula (arquivo)
Pedro Parente

Caála - Onze mil professores ingressaram no sistema normal de ensino/aprendizagem na província do Huambo, entre 2002 e 2023, contra os seis mil do período antes da paz, revelou, esta terça-feira, a governadora local, Lotti Nolika.

A governante falava no acto provincial comemorativo aos 21 anos de Paz e de Reconciliação Nacional, decorrido na cidade da Caála, sob o lema “21 anos de Paz, construindo uma Angola melhor”.

Segundo Lotti Nolika, até 2002, a província do Huambo tinha apenas seis mil professores e fruto dos esforços do Executivo foram inseridos onze mil novos docentes, perfazendo, actualmente, um total de 17 mil.

Sem apontar os números, a governante disse que esta região do Planalto Central beneficiou, nos últimos seis anos, de grandes investimentos públicos, com a construção, reabilitação e apetrecho de escolas, no sentido de aumentar, progressivamente, a inclusão de novos alunos no sistema normal de ensino, assim como hospitais para reforçar a humanização dos serviços de saúde.

A par das infra-estruturas construídas, informou que, com a paz e sob liderança do Presidente da República, João Lourenço, várias outras obras estão em curso nos diferentes sectores sociais, para a empregabilidade e formação técnico-profissional da juventude, que serão inauguradas o mais breve possível.

A governadora reafirmou o contínuo compromisso do Governo do Huambo na realização de projectos e serviços sociais, à semelhança do Kwenda, que já beneficiou mais de 70 mil famílias carenciadas da província, assim como inserir mais de seis mil jovens no mercado de trabalho, através do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP).

Angolanos trocam armas em instrumentos agrícolas

Na ocasião, Lotti Nolika considerou a Paz e a Reconciliação Nacional como um dos ganhos mais importantes do país, por simbolizar o calar das armas em todo território nacional, que durou longos anos e dizimou a vida de milhares de angolanos.

À semelhança do que acontece em todo o país, prosseguiu, com a conquista da paz, a 4 de Abril de 2002, a  província do Huambo tem assistido avanços no surgimento e materialização de vários projectos estruturantes no sector rodoviário, transportes, fornecimento de energia eléctrica, águas e outras infra-estruturas, não obstante o longo caminho a percorrer.

A governante destacou que, para a conquista da paz, foi necessário o sacrifício, coragem, abnegação e, sobretudo, a sensibilidade de homens e mulheres que não mediram esforços para que o país entrasse nos trilhos da estabilidade política e social.

“A paz que hoje orgulha a todos os angolanos foi fruto do labor patriótico de irmãos ora desavindos, que largaram as armas em troca de instrumentos agrícolas, laboratórios, hospitais e outros instrumentos virados para o progresso social” afirmou a governante.

Durante o acto de celebração do Dia da Paz e da Reconciliação Nacional foram homenageados, em vida e a título póstumo, militares, políticos, médicos, professores, religiosos, jornalistas, empresários e músicos, que contribuíram para o alcance da paz e da estabilidade política, em particular, nesta parcela do território nacional.

Trata-se dos oficias reformados das Forças Armadas Angolanas (FAA) Januário Joaquim Barbosa “Suslov”, Manuel Venâncio Bambi, do comissário chefe António Pedro Candela e superintendente-chefe Alberto Sebastião Sabonete (da Polícia Nacional), do antigo governador local António Paulo Cassoma e da política Maria da Conceição Wimbo Pinto.

Também, foram homenageados os professores Tomás Nguli, Luísa Fialho, Mário Chimuco, João Ekundi Cunanga e Eugénio Marta Xavier, assim como o arcebispo emérito da Igreja Católica, dom Francisco Viti, a médica Manuela Joaquina da Silva, o empresário Valentim Amós, o jornalista Celestino Kaeso “Mestre” e os músicos Manuel Rui Monteiro e Justino Handanga.

Foi a 4 de Abril de 2002, que o Governo e a UNITA rubricaram, na cidade do Luena, província do Moxico, o mais consistente acordo de paz da história do país, abrindo espaço para o surgimento de uma Angola nova e unida, após 27 anos de guerra, que provocou milhares de mortos, deslocados, órfãos e viúvas, assim como a destruição de várias infra-estruturas. ZZN/ALH

 





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